Lugar mais perigoso para mulheres é a própria casa, diz ONU
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Por Sonia Elks
LONDRES (Thomson Reuters Foundation) - O lar ? o lugar mais perigoso para uma mulher, indicou estudo da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU) que descobriu que o n?mero de mulheres assassinadas por parceiros ou familiares est? crescendo globalmente.
Cerca de 50 mil mulheres foram assassinadas em todo o mundo no ano passado por um atual ou ex-parceiro ou por um familiar --o equivalente a 137 mortes por dia, ou seis por hora-- informou o Escrit?rio das Na??es Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em ingl?s).
'Embora a vasta maioria de v?timas de homic?dio seja de homens, as mulheres continuam a pagar o pre?o mais alto como resultado da desigualdade de g?nero, da discrimina??o e de estere?tipos negativos', disse o diretor-executivo do UNODC, Yury Fedotov, em comunicado.
Apesar de recentes campanhas de destaque, como a #MeToo, na qual mulheres denunciaram publicamente casos de ass?dio sexual, elas ainda t?m muito mais probabilidade de serem assassinadas por seus parceiros ou familiares.
O n?mero total de assassinatos deste tipo subiu levemente entre 2012 e 2017 --e a propor??o de v?timas assassinadas por parceiros ou familiares subiu de menos de meio, em 2012, para quase seis em dez mulheres no ano passado, indicou o estudo.
Muitas foram assassinadas por parceiros abusivos, enquanto outras foram v?timas dos chamados crimes de honra ou de disputas por dotes, acrescentou.
Assassinatos cometidos por parceiros ou familiares normalmente n?o s?o ataques ?nicos, mas resultado de abusos dom?sticos anteriores, segundo o relat?rio.
'Essas descobertas chocantes demonstram as consequ?ncias devastadoras da desigualdade de g?nero que perpetua a viol?ncia contra as mulheres', disse Sarah Masters, diretora do grupo de direitos humanos Womankind Worldwide, ? Thomson Reuters Foundation.
O relat?rio do UNODC pediu por mais a??es para combater a viol?ncia de g?nero, incluindo maior coordena??o entre a pol?cia, m?dicos e servi?os sociais, assim como esfor?os para garantir que servi?os de apoio especializado estejam dispon?veis para mulheres em situa??es de risco.
Homens tamb?m devem ser envolvidos em programas para combater normas de g?nero nocivas desde a educa??o prim?ria, acrescentou.
(Reportagem de Sonia Elks)
Escrito por Redação
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