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Maia crê que Previdência tem votos para ser aprovada em plenário, inclusão sobre Estados pode atrapalhar

Placeholder - loading - Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no Congresso Nacional 20/02/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no Congresso Nacional 20/02/2019 REUTERS/Adriano Machado

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Por Maria Carolina Marcello

(Reuters) - O presidente da C?mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira acreditar que a reforma da Previd?ncia j? tem mais do que os votos necess?rios para passar no plen?rio da Casa, mas ponderou que eventual inclus?o de Estados e munic?pios pode inviabilizar sua aprova??o.

O governo sinalizou nesta sexta-feira que trabalhar? pela extens?o das novas regras previdenci?rias aos entes federativos. Mas, segundo o presidente da C?mara, que a partir do s?bado ir? ?organizar? a vota??o e contabilizar o apoio ? mat?ria, isso poderia custar de 50 a 60 votos, ainda que o clima atual esteja melhor do que o verificado quando a proposta do ex-presidente Michel Temer seguia para o plen?rio.

?O resultado de ontem --e vamos trabalhar para que seja o mesmo resultado no plen?rio-- ? o resultado da maturidade da sociedade brasileira?, disse Maia a jornalistas no evento Expert XP 2019, em S?o Paulo.

?Porque se os deputados est?o preparados para votar a mat?ria, e acredito que estejam, acredito que a gente tenha n?mero acima de 308, ? porque os eleitores desses deputados passaram a compreender que esse sacrif?cio da Previd?ncia ? um sacrif?cio que vale?a pena?, afirmou.

Por se tratar de uma Proposta de Emenda ? Constitui??o (PEC), a reforma da Previd?ncia precisa angariar o voto favor?vel de ao menos 308 deputados, o equivalente a tr?s quintos do plen?rio da C?mara, em dois turnos de vota??o.

Ainda que tenha considerado o texto da reforma aprovado pela comiss?o especial ?na v?spera ?muito bom?, o Minist?rio da Economia espera que, no plen?rio, os deputados votem por manter Estados e munic?pios e aprovem ainda a autoriza??o para o regime de capitaliza??o, pontos considerados fundamentais pela equipe do ministro Paulo Guedes, mas pontos de atrito entre os parlamentares. A avalia??o ? do secret?rio especial adjunto de Previd?ncia e Trabalho, Bruno Bianco.

Na mesma linha, o l?der do PSL na C?mara, Delegado Waldir (GO), afirmou que deputados articulam a inclus?o de uma emenda que obrigue os governadores a aprovar nas respectivas Assembleias Legislativas mudan?as nas regras previdenci?rias.

O l?der do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), por sua vez, afirmou, em seu perfil do Twitter, que h? um forte sentimento entre senadores para que os entes federativos estejam na proposta.

?Esse ? o sentimento dentro do Senado. E o sentimento do Brasil ? pressa pela reforma da Previd?ncia. Por isso, temos que incluir Estados e munic?pios na C?mara e, quando chegar ao Senado, tirar de l? em 45, 60 dias, e o Brasil vai come?ar a deslanchar e crescer ainda este ano?, afirmou o l?der governista.

Maia, no entanto, afirmou na entrevista que uma inser??o do tema pode trazer riscos ao texto.

?A inclus?o dos Estados, ela inviabiliza a aprova??o da reforma. N?s temos de 50 a 60 deputados que hoje n?o votam a reforma com a inclus?o de Estados e munic?pios?, afirmou.

?Agora, nesse momento, incluir Estados e munic?pios na C?mara ? correr o risco de perdermos 50 a 60 votos na vota??o em plen?rio.?

Maia afirmou ainda que o al?vio das regras a profissionais da seguran?a p?blica --em especial os policiais federais--, como demandado por integrantes do PSL e at? mesmo pelo presidente Jair Bolsonaro, n?o corresponde ao discurso adotado pelo governo de dar tratamento igual a todos.

?N?o ? pelo valor da economia que vai ser perdido se os policiais federais ficarem fora, mas ? o simbolismo de voc? tirar um grupo do esfor?o que milh?es de brasileiros est?o fazendo?, avaliou.

?Isso pode gerar uma sinaliza??o ruim para a sociedade, mas pior, pode gerar um efeito domin?, onde cai a primeira pe?a e v?o caindo todas ao longo das vota??es dos destaques na ter?a ou quarta-feira.?

Sobre o projeto que estabelece regras previdenci?rias especiais para as For?as Armadas, o presidente da C?mara garantiu que deve come?ar a andar a partir de agosto em uma comiss?o especial.

?J? que ? um projeto de lei, tramita mais r?pido. A vota??o ? mais f?cil. Acredito que at? o final do m?s de agosto a gente consegue votar o projeto dos militares tamb?m?, afirmou.

Escrito por Redação

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