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Maia admite mudanças para professores na Previdência e vê impacto pequeno

Placeholder - loading - Rodrigo Maia participa de sessão no plenário da Câmara 10/7/2019 REUTERS/Adriano Machado
Rodrigo Maia participa de sessão no plenário da Câmara 10/7/2019 REUTERS/Adriano Machado

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Por Lisandra Paraguassu

BRAS?LIA (Reuters) - Sem acordo sobre os destaques que suavizam as regras para a aposentadoria dos professores, o presidente da C?mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu nesta quinta-feira que os dois dispositivos, um apresentado pelo PL e outro pelo PDT, podem ser aprovados, mas garante que o impacto n?o ? t?o grande no volume geral de economia da reforma da Previd?ncia.

'N?o tem garantia (de que n?o ser? aprovado), professor ? um tema sempre muito dif?cil. Mas n?o tem esse impacto t?o grande como est? colocado', disse Maia.

Um dos destaques, apresentado pelo PL, retira os professores das novas regras de aposentadoria e mant?m o regime atual. O segundo, do PDT, garante a idade m?nima de 52 anos para as professoras.

Segundo Maia, o impacto dos dois destaques seria de 3 bilh?es de reais no c?mputo total da reforma.

'Da forma como est? constitu?do, o acordo tem uma emenda aglutinativa que a gente recupera quase toda a perda da poss?vel vit?ria desse destaque, se ela ocorrer. Ent?o minha expectativa ? que com o que est? projetado a gente vai ficar mais ou menos com a mesma economia do texto principal', afirmou, sem dar detalhes.

Na quarta-feira, a C?mara aprovou por 379 votos a 131 a reforma da Previd?ncia, 71 votos a mais que o m?nimo necess?rio. Mas Maia encerrou a vota??o dos destaques logo depois da an?lise do primeiro, alegando que os deputados estavam confusos sobre o que estavam votando. A inten??o inicial era entrar na madrugada e encerrar a vota??o de todos os destaques.

'A incompreens?o poderia gerar perdas por falta de uma an?lise mais profunda', alegou.

Parlamentares ouvidos pela Reuters, no entanto, explicam que o risco de uma derrota na quest?o dos professores j? havia sido detectado e os l?deres queriam analisar os impactos antes de ir a plen?rio.

'Professor ? sempre uma coisa complicada, ningu?m quer votar contra professor. Pode ser que consigam derrotar o destaque, mas a? vai ser apertado', disse uma fonte.

Tamb?m h? riscos em rela??o a um segundo destaque, que trata das pens?es por morte. Parte da bancada feminina e evang?lica amea?a aprovar um destaque que garante o valor m?nimo de um sal?rio m?nimo para as pens?es.

Na manh? desta quinta, Maia, o secret?rio especial de Trabalho e Previd?ncia do Minist?rio da Economia, Rog?rio Marinho, e l?deres da C?mara se reuniram em local n?o divulgado para analisar cada um dos destaques. Segundo Maia, apenas para entender melhor o que significava cada um deles.

A sess?o deve ser retomada ?s 15h. Apesar dos atrasos, Maia afirma que a C?mara deve finalizar a vota??o em dois turnos da Proposta de Emenda ? Constitui??o (PEC) da reforma da Previd?ncia at? sexta-feira.

'Sou otimista. Acho que a gente vai votar toda essa semana. O resultado de ontem ? uma demonstra??o de uma grande maioria, 74% da Casa a favor da reforma. ? importante encerrar esse assunto e, na semana que vem, construir outras pautas na C?mara. Se n?o for a LDO (Lei de Diretrizes Or?ament?rias), ver o que a gente consegue votar', disse.

O Congresso deveria entrar em recesso na semana que vem, mas a LDO n?o foi votada e, segundo o l?der do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), deve ficar apenas para a primeira semana de agosto.

Com isso, por lei, o Congresso n?o poderia entrar em recesso. Mas os parlamentares j? planejam um recesso branco, em que sess?es de vota??o n?o s?o marcadas para que eles n?o sejam obrigados a vir a Bras?lia.

Escrito por Redação

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