Marinha britânica apreende petroleiro com destino à Síria em reforço a sanções

Por Kate Holton e Jonathan Saul

LONDRES (Reuters) - A Marinha Real brit?nica apreendeu nesta quinta-feira um petroleiro em Gibraltar acusado de levar petr?leo para a S?ria, violando san??es da Uni?o Europeia, um passo dram?tico que pode eventualmente aumentar tens?es entre o Ocidente e o Ir?.

O petroleiro Grace 1 foi apreendido em territ?rio brit?nico, na foz do Mar Mediterr?neo, depois de navegar pela ?frica a partir do Golfo. Dados de navios analisados pela Reuters sugerem que ele foi carregado com petr?leo iraniano na costa do Ir?, apesar de sua documenta??o afirmar que o petr?leo ? do vizinho Iraque.

As autoridades de Gibraltar que o apreenderam justificaram a medida devido ?s san??es europeias contra a S?ria que est?o em vigor h? anos, sem fazer refer?ncia ? fonte do petr?leo.

Entretanto, a probabilidade de a carga ser iraniana indica uma rela??o entre esse incidente e um novo esfor?o dos Estados Unidos para deter todas as vendas globais de petr?leo bruto do Ir?, o que Teer? descreveu como uma 'guerra econ?mica' ilegal contra o pa?s.

Pa?ses europeus t?m tentado se manter neutros no confronto, enquanto os Estados Unidos t?m aumentado o tom-- o presidente Donald Trump suspendeu ataques a?reos contra o Ir? poucos minutos antes de eles serem concretizados no m?s passado.

Em um comunicado, o governo de Gibraltar informou que tinha motivos razo?veis para acreditar que o Grace 1 transportava seu carregamento de petr?leo bruto para a refinaria de Banyas, na S?ria.

'Essa refinaria ? propriedade de uma entidade que est? sujeita ?s san??es da Uni?o Europeia contra a S?ria', disse o ministro-chefe de Gibraltar, Fabian Picardo. 'Com o meu consentimento, nossas ag?ncias portu?rias e de aplica??o da lei buscaram a assist?ncia dos fuzileiros navais reais para realizar esta opera??o.'

O incidente parece ser o primeiro caso de uma apreens?o de navio tanque por autoridades europeias devido ? alega??o de viola??o das san??es ? S?ria, que est?o em vigor desde 2011.

'? a primeira vez que a UE fez algo t?o em p?blico e de forma t?o agressiva. Eu imagino que isso tamb?m foi coordenado de alguma maneira com os EUA, dado que for?as de um membro da Otan estiveram envolvidas', disse Matthew Oresman, s?cio da empresa de advocacia Pillsbury Winthrop Shaw Pittman, que presta consultoria a empresas sobre san??es.

'? prov?vel que isso tenha sido um sinal para a S?ria e o Ir?-- assim como para os EUA-- de que a Europa leva o cumprimento das san??es a s?rio e a UE tamb?m pode responder ? provoca??o iraniana relacionada ?s negocia??es nucleares em andamento', acrescentou.