Meirelles diz que, se eleito, fará 'ampla' reforma tributária com adoção do IVA

BRAS?LIA (Reuters) - O pr?-candidato do MDB ? Presid?ncia, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que far? uma ampla reforma tribut?ria que simplifique a cobran?a de impostos e defendeu a ado??o do imposto de valor adicionado (IVA) para que haja um sistema mais justo e transparente.

'Isso ser? a primeira reforma a ser feita no Congresso Nacional. Na minha equipe j? temos profissionais trabalhando no detalhamento dessa proposta', disse, em sabatina promovida pela Confedera??o Nacional da Ind?stria (CNI) com os pr?-candidatos ao Pal?cio do Planalto.

O ex-ministro defendeu uma redu??o na burocracia no pa?s para aumentar a competitivdade. Ele citou que no Brasil se gasta em m?dia 101 dias para abrir uma empresa

'N?s temos que simplificar esse processo, alguns avan?os foram feitos com a reforma trabalhista', disse. 'Temos que reformar a economia brasileira, dar condi??es e musculatura para as empresas produzirem melhor e a? dar condi??es de competir mais e melhor', completou.

Em sua exposi??o, Meirelles destacou os oito anos dele ? frente do Banco Central (BC) no governo do ex-presidente Luiz In?cio Lula da Silva. Segundo ele, naquele momento foi criado um per?odo de estabiliza??o da pol?tica econ?mica brasileira.

'A gente come?ou a enfrentar a quest?o cambial e com sucesso', disse. 'Ficamos livres do FMI', completou, sobre o pagamento dos empr?stimos ao Fundo Monet?rio Internacional.

O pr?-candidato afirmou que a economia melhorou naquele per?odo, no qual 60 milh?es de brasileiros deixaram as classes pobres para a classe m?dia. 'Vou mostrar com clareza quem era o respons?vel da pol?tica econ?mica', disse.

Meirelles afirmou que, depois, a presidente eleita Dilma Rousseff mudou a orienta??o da pol?tica econ?mica, o que levou ? recess?o que at? hoje o pa?s sofre as consequ?ncias. 'Foi a maior crise econ?mica no pa?s, maior do que a crise de 1929', afirmou.

O pr?-candidato do MDB citou que depois assumiu o Minist?rio da Fazenda a convite do presidente Michel Temer. Segundo ele, medidas foram tomadas para tirar o pa?s da crise, embora tenha reconhecido que a melhora ainda n?o ocorreu.

'Podemos ter quatro anos com presidente eleito em voto direto. Podemos colocar o Brasil na rota de crescimento por um per?odo longo', defendeu.

O ex-titular da Fazenda disse que os investimentos no pa?s arrefeceram este ano devido ?s incertezas do per?odo eleitoral. Ele contou ter se reunido com investidores estrangeiros que lhe contaram que far?o isso at? o resultado final da elei??o.

'Vai ter um conflito entre os brasileiros por propostas radicais ou o Brasil vai seguir adiante', avaliou.

Meirelles disse que hoje o Brasil come?a a decolar de novo, mesmo reconhecendo a situa??o dif?cil. Ele disse que, al?m dos investidores, os consumidores tamb?m est?o adiando a realiza??o de compras.

O ex-ministro disse que seu nome poderia ajudar a melhorar esse ambiente. 'Confian?a em algu?m que sabe fazer, confian?a demonstrada, tem planos concretos, experi?ncia para fazer e integridade pessoal. N?o est? envolvido em problema de nenhuma ordem', destacou.

Segundo o pr?-candidato, se eleito, vai colocar um time de primeira linha na Esplanada dos Minist?rios para restabelecer a confian?a. O ex-ministro tamb?m tratou como fundamental aprovar reformas e frisou que a experi?ncia dele no governo foi positiva.

'Aprovamos o teto de gastos', exemplificou. Ele disse que vai trabalhar para aprovar a reforma da Previd?ncia. 'Tenho seguran?a de que aprovaremos os projetos fundamentais, como j? temos aprovado no Congresso', afirmou.

O ex-ministro afirmou que, se a economia voltar a crescer, ser? poss?vel haver mais investimentos em seguran?a p?blica e educa??o. 'Cria??o de emprego para a popula??o, cria??o de renda, controle da infla??o, educa??o, sa?de, seguran?a para a popula??o e ensino profissionalizante', concluiu, em sua exposi??o inicial.

Estacionado com 1 ponto porcentual nas pesquisas de inten??o de voto, Meirelles procurou se mostrar confiante na vit?ria. Citou levantamentos qualitativos que mostram que, quando conhecido, seu percentual de apoiadores cresce significativamente.

O pr?-candidato destacou ainda o fato de o MDB ter muito tempo de r?dio e TV na campanha. 'N?o entrei em uma aventura, eu sabia o que estava fazendo', destacou, ao citar novamente os sucessos de suas gest?es nos governos Lula e Temer.

'Esse homem serve ao pa?s e quando est? l? o pa?s cresce e quando n?o est? o pa?s entra em recess?o', completou.

(Reportagem de Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu)