Modelo de demissões por critério político sugerido pela Casa Civil não deve ser seguido por todos ministérios
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Por Lisandra Paraguassu
BRAS?LIA (Reuters) - A decis?o do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de exonerar os 320 funcion?rios comissionados da pasta para 'despetizar' o governo n?o ser? seguida por todos seus colegas, como foi sugerido, mas espera-se que ativistas de outro partido se afastem voluntariamente, disse nesta ter?a-feira o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Santos Cruz.
Em conversa com jornalistas, o general confirmou que algumas exonera??es est?o sendo feitas em sua pasta, que abrange a Secretaria de Comunica??o da Presid?ncia (Secom) e o Programa de Parcerias em Investimentos (PPI). At? agora, foram 18 exonera??es.
'N?o trabalho com esse sistema (de exonera??es por rela??es com o PT). Exonera??es s?o normais, at? por revis?o da estrutura. Mas o crit?rio ? a capacita??o profissional', disse Santos Cruz. 'Agora, quem ? ativista de partido como o PT tem obriga??o moral de se afastar dessa administra??o.'
Na semana passada, pouco antes da primeira reuni?o ministerial, Onyx chamou a imprensa para anunciar que demitiria todos os funcion?rios de cargo em comiss?o da Casa Civil alegando que seria necess?rio 'despetizar' o governo. Seriam recontratados os que n?o tivessem no passado indica??es de petistas e mostrassem afinidade com o projeto do presidente Jair Bolsonaro.
Onyx disse ainda que iria sugerir na reuni?o as mesmas medidas aos colegas. At? agora, no entanto, nenhum dos minist?rios fez demiss?es gerais como ocorreu na Casa Civil.
LEI DO SIL?NCIO
Santos Cruz negou ainda que Bolsonaro tenha baixado uma lei do sil?ncio entre ministros e t?cnicos do governo, como disseram ? Reuters fontes que acompanharam o encontro.
'Que ? isso? N?o existe isso n?o', disse o general, salientando que Bolsonaro tem insistido na transpar?ncia do governo, especialmente em rela??o a contratos e despesas.
No entanto, duas fontes ouvidas pela Reuters confirmaram que o presidente pediu a seus ministros que evitassem vazamentos sobre o que ? discutido internamente dentro do governo e que h? hoje um receio de ser responsabilizado por informa??es que escapem do controle.
A origem do pedido teria sido o desencontro de informa??es entre a equipe econ?mica e Onyx que levou o presidente a anunciar um aumento do Imposto sobre Opera??es Financeiras que depois n?o aconteceu.
Uma disputa entre o lado econ?mico, que entendia ser necess?rio a previs?o de receitas para compensar os benef?cios fiscais prorrogados para Sudam e Sudene, e o lado pol?tico, que n?o queria descumprir a promessa de campanha de n?o aumentar impostos, teria levado ? confus?o em que Bolsonaro anunciou o aumento e foi desmentido momentos depois.
Santos Cruz afirma que o epis?dio est? superado.
'Est? completamente superado. N?o tem falta de sintonia. O governo funciona por integra??o e ? vis?vel a harmonia. E aquilo l? ? coisa do passado, j? foi', garantiu.
Escrito por Redação
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