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Moody´s alerta para riscos a perspectiva 'estável' da nota do Brasil diante de recessão profunda

Placeholder - loading - Fachada do prédio da agência de classificação de risco Moody's em Nova York. 06/02/2013. REUTERS/Brendan McDermid.
Fachada do prédio da agência de classificação de risco Moody's em Nova York. 06/02/2013. REUTERS/Brendan McDermid.

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Por Jamie McGeever

BRAS?LIA (Reuters) - A ag?ncia de classifica??o de cr?dito Moody's alertou nesta segunda-feira para os riscos crescentes para sua perspectiva 'est?vel' para o rating de d?vida soberana do Brasil, observando que uma recess?o ainda mais profunda do que a prevista atualmente pode exigir apoio fiscal prolongado do governo.

A Moody's espera que a maior economia da Am?rica Latina encolha 5,2% este ano devido ? crise causada pelo coronav?rus, uma previs?o alinhada ao consenso do mercado e que marcaria a maior retra??o anual desde que os registros come?aram em 1900.

Mas os riscos pendem para o lado negativo, disse Samar Maziad, analista principal da Moody's para os ratings soberanos do Brasil, o que poderia exigir mais apoio ? economia e abortar o plano do governo de retomar a austeridade fiscal e a agenda de reformas no pr?ximo ano.

'A din?mica de crescimento do Brasil est? sujeita a riscos negativos', disse Maziad em uma videochamada com jornalistas nesta segunda-feira. 'Se a deteriora??o fiscal se tornar permanente, esse seria o gatilho cr?tico para repensar as perspectivas'.

A Moody's manteve sua perspectiva e o rating de cr?dito 'Ba2' da d?vida soberana do Brasil na sexta-feira, citando tr?s principais raz?es para otimismo com a din?mica da d?vida: uma retomada da austeridade fiscal em breve; taxas de juros em recordes de baixa ajudando no pagamento do servi?o da d?vida; baixa d?vida externa e fortes reservas internacionais.

As autoridades do Minist?rio da Economia insistem que as despesas de combate ? crise ser?o limitadas apenas a este ano e que o governo retomar? seu esfor?o para recuperar as finan?as p?blicas no mesmo n?vel no pr?ximo ano.

Medidas emergenciais para enfrentar as crises econ?micas e de sa?de ter?o um impacto estimado de 349,4 bilh?es de reais no saldo prim?rio do governo central deste ano, enquanto o d?ficit prim?rio do setor p?blico consolidado poder? chegar a 700 bilh?es de reais, ou mais de 9% do Produto Interno Bruto.

Maziad tamb?m observou os crescentes riscos pol?ticos. O presidente Jair Bolsonaro perdeu dois ministros da Sa?de em um m?s, seu popular ministro da Justi?a renunciou e as rela??es com o Congresso s?o dif?ceis.

'Estamos cientes dos riscos existentes --uma contra??o econ?mica mais profunda, din?mica pol?tica e uma poss?vel deteriora??o permanente no desempenho fiscal', afirmou Maziad.

O rating de cr?dito 'Ba2' do Brasil da Moody's ? dois graus abaixo do grau de investimento. As ag?ncias de classifica??o rival Fitch e S&P recentemente reduziram suas perspectivas para o Brasil.

Escrito por Reuters

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