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Morales critica OEA e pede que vitória na eleição boliviana seja respeitada

Placeholder - loading - Presidente da Bolívia, Evo Morales, durante entrevista coletiva em La Paz 24/10/2019 REUTERS/David Mercado
Presidente da Bolívia, Evo Morales, durante entrevista coletiva em La Paz 24/10/2019 REUTERS/David Mercado

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Por Mitra Taj e Daniel Ramos

LA PAZ (Reuters) - O presidente da Bol?via, Evo Morales, criticou nesta quinta-feira uma miss?o de observadores eleitorais da Organiza??o dos Estados Americanos (OEA) por questionar a legitimidade do que afirma ter sido uma vit?ria incontest?vel no primeiro turno da elei??o presidencial de domingo.

O l?der de esquerda tem uma vantagem decisiva de 10 pontos sobre seu principal rival na contagem feita ap?s a vota??o, o que provocou protestos e tumultos em cidades de toda a Bol?via, alguns dos quais com ataques a escrit?rios eleitorais, que foram incendiados.

Em uma coletiva de imprensa, Morales disse que observadores da OEA o caluniaram ao apontar o que a entidade classificou como 'd?vidas s?rias' sobre a elei??o.

A equipe local da OEA recomendou que a Bol?via convoque um segundo turno, depois que uma interrup??o inesperada da contagem e uma mudan?a s?bita a favor de Morales motivaram alega??es de fraude eleitoral por parte da oposi??o.

'N?o quero pensar que a miss?o da OEA j? esteja participando de um golpe de Estado', disse Morales, reiterando a acusa??o de que seu maior advers?rio, Carlos Mesa, est? tentando roubar sua vit?ria.

'Existe um golpe de Estado (orquestrado) interna e externamente. A OEA como um todo deveria avaliar a si mesma, e tamb?m a miss?o que enviou', acrescentou.

A miss?o da OEA n?o respondeu de imediato a pedidos de coment?rio. Em um relat?rio preliminar, o grupo citou a suspens?o de uma contagem inicial e a ren?ncia subsequente do vice-presidente da comiss?o eleitoral como fatos que prejudicaram a credibilidade do pleito.

Morales, que governa a Bol?via h? quase 14 anos, j? enfrentou acusa??es de autoritarismo por concorrer a um quarto mandato, em uma afronta aos limites de mandato e a um referendo nacional.

Mesa pediu que as marchas pac?ficas continuem at? Morales convocar um segundo turno, um gesto que uma alian?a de autoridades regionais e outros l?deres de oposi??o apoiaram nesta quinta-feira.

Mesmo que conquiste outro mandato de cinco anos, Morales provavelmente far? seu governo mais fragilizado e sem a maioria s?lida com que contou at? agora no Congresso.

'N?o acho que ele conseguir? terminar o mandato. N?o porque as pessoas se revoltar?o contra ele, mas porque ser? dif?cil ele governar', disse Yerko Ilijic, uma analista pol?tico boliviano, ? Reuters.

Morales disse que acolheria uma auditoria da OEA sobre a contagem final, mas exortou a entidade e a comunidade internacional a respeitarem a Constitui??o da Bol?via.

(Reportagem adicional da Reuters TV)

Escrito por Reuters

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