Mourão diz que capital de risco é bem-vindo no país e defende garantias a investidores

BRAS?LIA (Reuters) - O vice-presidente eleito, general da reserva Hamilton Mour?o, afirmou nesta quinta-feira que o capital estrangeiro ? bem-vindo no pa?s, desde que seja para a participa??o em obras, e defendeu que sejam adotadas garantias aos investidores, como a ado??o de um ?d?lar m?dio?.

O general, que tamb?m defendeu uma abertura ?lenta, gradual e segura? da economia, lembrou que a amplia??o de investimentos p?blicos depende de disciplina fiscal e aproveitou para defender a aprova??o, ainda no primeiro semestre de 2019, da reforma da Previd?ncia.

?Os investimentos estrangeiros s?o muito bem-vindos, mas desde que seja capital de risco. ? para construir estrada, construir ferrovia e outras coisas. N?o ? empr?stimo, n?o queremos empr?stimo pura e simples, porque esse filme a gente j? viu e sabe que n?o d? certo?, disse o vice-presidente eleito, em evento sobre infraestrutura e transportes.

Sobre as garantias a serem oferecidas a investidores, citou como exemplo a ado??o de uma esp?cie de seguro cambial.

?Talvez fosse o caso de se estudar um d?lar m?dio, vamos colocar assim, estaria atrelado a esse d?lar m?dio. Se isso subir, isso tem que ser compensado pelo governo. Se descer, a empresa est? com seu lucro mais assegurado ainda. S?o essas ideias que est?o norteando o nosso planejamento?, afirmou.

Depois, a jornalistas, acrescentou que a garantia ? apenas uma ideais e a defini??o caber? ao novo ministro da Infraestrutura, Tarc?sio Gomes de Freitas.

Sobre a ?rea de infraestrutura, disse que as ?ltimas grandes obras do pa?s foram realizadas no final do regime militar e que de l? para c? pouco foi feito.

O vice-presidente eleito defendeu a retomada de investimentos p?blicos mas afirmou, por outro lado, que as rodovias devem ser alvo das primeiras privatiza??es do governo.

Mour?o defendeu ainda que sejam adotados outros modais de transporte, e afirmou que a escolha de um ?nico modal de transporte foi uma ?escolha errada?.

?Em um pa?s com a extens?o do nosso, que roda todinho no lombo do caminh?o, somos ref?ns de uma classe?, disse. Em maio, o Brasil enfrentou uma greve de caminhoneiros que paralisou o pa?s.

Al?m da defesa enf?tica da reforma da Previd?ncia, da reforma tribut?ria e da desregulamenta??o do pa?s, Mour?o defendeu a total desvincula??o do Or?amento para ?desengessar? os recursos e permitir que o Congresso possa de fato elaborar a lei or?ament?ria e direcionar os recursos.

Reconheceu, ali?s, que a rela??o com o Legislativo ir? exigir habilidade do novo governo.

?Trabalho n?o ? pouco. Vai exigir uma articula??o enorme com o Congresso?, afirmou, acrescentando ter ?certeza? da compreens?o e do apoio dos parlamentares.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)