Mourão diz que Brasil vai manter Huawei entre fornecedores de redes 5G

Por Lisandra Paraguassu

BRAS?LIA (Reuters) - O governo brasileiro n?o tem a inten??o de restringir as atividades da chinesa Huawei, apesar das advert?ncias do governo norte-americano, afirmou nesta sexta-feira o vice-presidente da Rep?blica, Hamilton Mour?o.

Em recente viagem ? China, Mour?o encontrou-se com o presidente-executivo da Huawei, Ren Zhengfei.

'A Huawei vem sendo acusada de repassar os dados que ela tem ao governo chin?s. Conversei com ele que tem que criar um clima de confian?a. Enquanto houver esse clima de confian?a n?o tem problema nenhum?, contou. ?O Brasil n?o tem nenhum plano disso (restringir as atividades da empresa).?

O vice-presidente lembrou que apenas quatro empresas no mundo dominam hoje a tecnologia do 5G, duas finlandesas e duas chinesas, a Huawei entre elas.

O Brasil pretende realizar leil?o de frequ?ncias para opera??o da tecnologia 5G em 2020.

Em mar?o, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro ? Washington, o presidente norte-americano, Donald Trump, tratou da quest?o da Huawei na reuni?o fechada entre os presidentes e advertiu o brasileiro sobre supostos riscos da atua??o da empresa chinesa.

Os Estados Unidos acusam a Huawei de ser instrumento de atividades de espionagem de Pequim. A empresa e o governo chin?s negam qualquer a??o nesse sentido.

Em entrevista ao jornal Valor Econ?mico, onde tratou inicialmente do assunto, Mour?o disse que em nenhum momento Bolsonaro levantou a possibilidade de um bloqueio e que n?o h? qualquer receio do governo brasileiro em rela??o ? Huawei.

Mour?o lembrou ainda que o Brasil ainda precisa de tecnologia, ? pouco integrado digitalmente e tem um marco regulat?rio ainda da d?cada de 1990.

O projeto de um novo marco regulat?rio de telecomunica??es ? de 2016, mas ainda n?o foi aprovado pelo Congresso. Em novembro de 2018, foi aprovado pela Comiss?o de Ci?ncia e Tecnologia do Senado, mas ainda n?o foi a plen?rio.

Perguntado sobre o projeto, Mour?o disse que o governo vai trabalhar nisso. 'Est? no Congresso, vamos ter que fazer andar', disse.