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Mundo luta contra vírus que acontece 'uma vez a cada 100 anos'

Placeholder - loading - Mulher vende kits de proteção ao coronavírus em Abidjã, na Costa do Marfim 18/03/2020 REUTERS/Thierry Gouegnon
Mulher vende kits de proteção ao coronavírus em Abidjã, na Costa do Marfim 18/03/2020 REUTERS/Thierry Gouegnon

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Por Swati Pandey e Ryan Woo

SYDNEY/PEQUIM (Reuters) - Centenas de milh?es de pessoas de todo o mundo estavam se adaptando nesta quarta-feira a medidas vistas uma vez a cada gera??o para enfrentar a crise do coronav?rus, que n?o s? est? matando os idosos e vulner?veis, mas amea?ando causar um desastre econ?mico prolongado.

A doen?a de dissemina??o r?pida, que migrou de animais para humanos na China, j? infectou cerca de 200 mil pessoas e causou quase 8.500 mortes em 164 na??es, desencadeando interdi??es de emerg?ncia e inje??es de dinheiro que n?o eram vistas desde a Segunda Guerra Mundial.

'Este evento ? do tipo uma vez a cada cem anos', disse o primeiro-ministro da Austr?lia, Scott Morrison, alertando que a crise pode durar seis meses. O pa?s foi o mais recente a limitar aglomera??es e viagens internacionais.

'A vida est? mudando na Austr?lia, como est? mudando em todo o mundo', acrescentou enquanto seu governo se prepara para um aumento possivelmente exponencial ap?s as seis mortes registradas at? agora.

Existe alarme particularmente na It?lia, que testemunha uma taxa de mortalidade anormalmente alta --2.503 de 31.506 casos-- e est? convocando milhares de estudantes de medicina para que entrem em a??o antes da conclus?o dos cursos e ajudem um sistema de sa?de sobrecarregado.

Em todo o globo, tanto ricos quanto pobres viram suas vidas viradas de ponta-cabe?a quando eventos foram cancelados, lojas ficaram desabastecidas, locais de trabalho esvaziados, ruas desertas, escolas fechadas e viagens reduzidas ao m?nimo.

'A higiene ? importante, mas aqui n?o ? f?cil', disse Marcelle Diatta, de 41 anos e m?e de quatro filhos no Senegal, onde an?ncios emitidos em alto-falantes exortam as pessoas a lavarem as m?os -- mas a ?gua ? cortada com frequ?ncia em seu bairro pobre.

A crise esta gerando uma onda de solidariedade em alguns pa?ses. Vizinhos, fam?lias e colegas se unem para cuidar dos mais necessitados, chegando a deixar suprimentos nas portas das pessoas for?adas a ficar em casa.

No sul da Espanha, aplausos ecoam todas as manh?s ?s 8h quando vizinhos que se isolaram agradecem os servi?os de sa?de por seu trabalho e cumprimentam uns aos outros.

Assombradas por uma recess?o global aparentemente inevit?vel, na??es ricas est?o liberando bilh?es de d?lares em est?mulos para as economias, aux?lio para os servi?os de sa?de, empr?stimos para neg?cios amea?ados e ajuda para indiv?duos receosos de hipotecas e outros pagamentos de rotina.

RECUPERA??O OU RECESS?O?

'Nunca passamos por nada assim. E nossa sociedade, que se acostumou com mudan?as que ampliam nossas possibilidades de conhecimento, sa?de e vida, agora se encontra em uma guerra para defender tudo que t?nhamos como certo', disse o premi? espanhol, Pedro S?nchez, ao Parlamento.

A c?mara estava quase vazia, j? que a maioria dos parlamentares n?o p?de comparecer.

O dinheiro extra de governos e bancos centrais n?o bastou para acalmar os mercados: as a??es e os pre?os do petr?leo voltaram a sofrer abalos.

Apoiados no recuo do coronav?rus na China, onde a doen?a surgiu no final do ano passado, otimistas preveem uma recupera??o assim que a epidemia tamb?m ultrapassar seu pico em outras partes -- o que se espera ocorrer em meses.

J? os pessimistas est?o computando a possibilidade de surtos recorrentes e anos de sofrimento, e alguns at? insinuaram compara??es com a Grande Depress?o dos anos 1930.

Em v?rios locais, milh?es de trabalhadores temem por seus empregos.

Restaurantes, bares e hot?is est?o fechando, e as empresas a?reas, que enfrentam a pior crise de que se recordam nos ?ltimos tempos, j? dispensaram dezenas de milhares de pessoas ou as sujeitaram a licen?as sem remunera??o.

Na China, a taxa de desemprego subiu para 6,2% em fevereiro, a mais alta desde que os registros come?aram. Em dezembro ela foi de 5,2%.

A maioria dos neg?cios e f?bricas --tirando o epicentro da prov?ncia de Hubei-- j? reabriu, mas n?o est? claro quantos trabalhadores e funcion?rios de fato voltaram. Alguns setores est?o se saindo melhor do que outros, como as farmac?uticas, supermercados, fornecedores de alimentos e prestadoras de servi?o.

TENS?O GEOPOL?TICA

Mas alguns atritos geopol?ticos continuaram normalmente, ou foram at? exacerbados pela crise. Um documento da Uni?o Europeia acusou a m?dia russa de ati?ar o p?nico no Ocidente por meio da desinforma??o a respeito da doen?a.

A R?ssia negou acusa??es do tipo no passado.

Em outro atrito de longa data, a China retirou as credenciais de imprensa de tr?s jornalistas norte-americanos em meio a uma disputa sobre a liberdade de imprensa e a cobertura do coronav?rus.

A campanha presidencial dos Estados Unidos seguiu em frente, e Joe Biden venceu tr?s prim?rias estaduais, mas agora se espera um hiato devido ? epidemia.

Como a maioria dos grandes eventos esportivos j? foi cancelada, o Comit? Ol?mpico Internacional (COI) est? enfrentando uma press?o crescente para reconsiderar a Olimp?ada de T?quio de 2020.

'Todos n?s queremos que T?quio aconte?a, mas qual ? o plano B se n?o acontecer?', questionou a atual campe? ol?mpica de salto com vara, Katerina Stefanidi, uma de v?rios atletas que disseram que sua sa?de est? em risco enquanto tentam equilibrar os treinamentos com as interdi??es do coronav?rus.

(Por Swati Pandey e Colin Packham, em Sydney; Ryan Woo e Tony Munroe, em Pequim; Robin Emmott, em Bruxelas; Nathan Allen; em Madri; John Whitesides, em Washington; Angelo Amante e Crispian Balmer; em Roma; David Kirton, em Shenzhen; Karolos Grohmann, em Atenas; e Aaron Ross, em Dacar)

((Tradu??o Reda??o Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

Escrito por Reuters

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