Não tenho bola de cristal sobre futuro, mas Guedes é forte na posição, diz Carlos da Costa

BRAS?LIA (Reuters) - O secret?rio especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, disse nesta quarta-feira n?o ter bola de cristal quando questionado sobre a perman?ncia do ministro Paulo Guedes ? frente do Minist?rio da Economia independentemente de crises pol?ticas, mas refor?ou que ele segue atuante.

'Eu n?o tenho bola de cristal aqui e o futuro a Deus pertence, agora eu acho que presidente Bolsonaro tem dado sinais inequ?vocos de apoio ao ministro Paulo Guedes desde a campanha', afirmou.

'Ministro Paulo Guedes cresce muito em situa??es de crise, em situa??es de combate, em situa??es em que ? necess?rio energia, ent?o o ministro Paulo Guedes --eu acho, n?o posso falar por ele, nem por ningu?m-- mas ? muito forte na posi??o', completou.

Ele disse ainda que, enquanto Guedes estiver no cargo, sua equipe seguir? com ele e que segue unida no mesmo prop?sito.

Segundo Costa, o time v? o momento de crise como oportunidade de acelerar processo de desacorrentar o Brasil e o setor produtivo, o que garantir? uma retomada em formato de 'V da Nike'.

Sobre eventual extens?o do aux?lio emergencial de 600 reais para al?m do per?odo de tr?s meses inicialmente previsto, Costa disse que sua posi??o, desde que se manifestou sobre o tema, foi de que as medidas que o governo estava implementando nesse momento de crise teriam que ser eventualmente estendidas dependendo da sua efetividade e do impacto fiscal.

Ele ressalvou, contudo, que a decis?o final sobre o assunto n?o ? sua e reconheceu haver diverg?ncia dentro do Minist?rio da Economia.

A empres?rios, Guedes admitiu na v?spera a possibilidade de prorroga??o por um ou dois meses do aux?lio, mas por um valor menor, de 200 reais.

A respeito de poss?vel prolongamento no per?odo de suspens?o de reajustes nos pre?os de medicamentos, Costa afirmou que a negocia??o foi para que isso acontecesse somente pelos 60 dias anunciados, conforme texto de Medida Provis?ria editada pelo governo.

'Acreditamos que os mercados t?m que funcionar muito bem. Tentativas de congelamento de pre?os no passado resultaram em falta de produtos, principalmente para quem mais precisa, que s?o os mais carentes. Isso n?o podemos deixar acontecer', disse.

Costa renovou o apelo pela desonera??o da folha de pagamentos como uma das estrat?gias para o p?s-crise e disse que uma grande onda de reindustrializa??o poder? acontecer caso o pa?s persista no esfor?o de desburocratiza??o e redu??o do custo Brasil, considerando um cen?rio de taxa de c?mbio favor?vel e quadro geopol?tico em que outros pa?ses buscam alternativas.

Sobre a prometida inje??o de recursos do Tesouro no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) do BNDES para apoio ao cr?dito a pequenas e m?dias empresas, ele afirmou que h? expectativa de envio de Medida Provis?ria no m?ximo at? a pr?xima semana sobre o tema.

(Por Marcela Ayres)