Necessidade de subsídio diminui com melhor ambiente de negócios, diz secretário de Guedes sobre GM

Por Marcela Ayres

BRAS?LIA (Reuters) - O secret?rio Especial de Produtividade, Emprego e Produtividade do Minist?rio da Economia, Carlos da Costa, afirmou nesta sexta-feira que a necessidade de subs?dios diminui num ambiente de neg?cios mais saud?vel e produtivo, ao ser questionado sobre a postura do governo federal em rela??o ? situa??o da General Motors no pa?s.

Segundo reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo, Costa teria dito ao alto escal?o da montadora que 'se precisar fechar (a f?brica), fecha', ap?s ouvir relatos sobre a dificuldade de manuten??o de atividades no Brasil e consequente risco de encerramento de opera??es.

Procurado, Costa n?o comentou a frase ou o caso em particular. Mas indicou, via assessoria de imprensa, que a orienta??o da nova equipe econ?mica ser? de priorizar a??es de incremento de produtividade ao em vez de oferecer socorro a empresas em particular.

?Com um ambiente de neg?cios mais saud?vel, a necessidade de eventuais subs?dios diminui, fazendo com que as empresas se concentrem no desenvolvimento de suas atividades produtivas?, disse.

Em nota, a assessoria complementou que Costa 'tem dito a representantes do setor privado, com quem se re?ne rotineiramente, que ? preciso tornar o Brasil um pa?s mais produtivo e competitivo, retirando os entraves que os impedem de produzir mais e melhor'.

A GM est? em negocia??es avan?adas com o Estado de S?o Paulo para receber incentivos fiscais, disse a empresa a autoridades p?blicas e representantes de sindicatos em uma reuni?o na ter?a-feira, alguns dias ap?s afirmar em memorando a trabalhadores que est? perdendo dinheiro no Brasil.

Costa foi escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para ficar ? frente da secretaria especial que herdou parte das atividades do extinto Minist?rio da Ind?stria, Com?rcio Exterior e Servi?os (MDIC). Recentemente, ele afirmou que o governo convocaria empres?rios para conversas em mesas executivas com o intuito de diminuir barreiras ? atividade produtiva, tirando, por exemplo, o peso de regula??es excessivas.

'Tr?s coisas v?o ser proibidas de ser discutidas: subs?dio, prote??o e mais gasto p?blico', disse ? ?poca.

Representantes da GM no Brasil n?o puderam ser contatados para comentar o assunto.

A montadora norte-americana encerrou 2018 na lideran?a de vendas de autom?veis e comerciais leves no pa?s, com vendas de 434,4 mil ve?culos, um crescimento de 10 por cento sobre o volume emplacado em 2017.

Em negocia??es com trabalhadores de sua f?brica em S?o Jos? dos Campos (SP) nesta semana, a GM prop?s nova grade salarial para toda a unidade, progress?o salarial com congelamento em 2019 e nova tabela salarial, al?m de cortes em benef?cios aos funcion?rios, segundo o sindicato local.