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Negociadores dos EUA e da China se encontram em Washington em meio a profundas diferenças

Placeholder - loading - Funcionários do governo chinês ajustam bandeiras antes de sessão de negociação entre EUA e China em Pequim 14/02/2019 Mark Schiefelbein/Pool via REUTERS
Funcionários do governo chinês ajustam bandeiras antes de sessão de negociação entre EUA e China em Pequim 14/02/2019 Mark Schiefelbein/Pool via REUTERS

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Por David Lawder

Washington (Reuters) - Negociadores comerciais de segundo escal?o dos Estados Unidos e da China retomaram conversas presenciais pela primeira vez em quase dois meses na quinta-feira, enquanto as duas maiores economias do mundo tentam superar profundas diferen?as e encontrar uma sa?da para a prolongada guerra comercial.

As negocia??es, que se estender?o at? sexta-feira, visamlan?ar as bases para rodadas de negocia??o de alto n?vel no in?cio de outubro que determinar?o se os dois pa?ses est?o trabalhando para uma solu??o ou se caminham para impor novas e mais elevadas tarifas um ao outro.

Uma delega??o de cerca de 30 funcion?rios chineses, liderada pelo vice-ministro das Finan?as do pa?s, Liao Min, reuniu-s com contrapartes do Escrit?rio do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em ingl?s) perto da Casa Branca. O representante comercial adjunto, Jeffrey Gerrish, chefiou a delega??o dos EUA.

As discuss?es est?o focadas fortemente em agricultura, incluindo a exig?ncia dos EUA de que a China aumente substancialmente as compras de soja americana e outros produtos agr?colas, uma pessoa com conhecimento do planejamento das discuss?es disse ? Reuters.

Duas sess?es de negocia??o durante os dois dias cobrir?o quest?es agr?colas, enquanto apenas uma ser? dedicada ao fortalecimento das prote??es de propriedade intelectual da China e ? transfer?ncia for?ada de tecnologia dos EUA para empresas chinesas.

'As sess?es sobre agricultura receber?o uma quantidade desproporcional de tempo', disse a fonte, acrescentando que uma dessas sess?es tamb?m incluir? um foco na exig?ncia do presidente dos EUA, Donald Trump, de que a China interrompa os embarques do opioide sint?tico fentanil para os Estados Unidos.

O presidente est? ansioso para oferecer oportunidades de exporta??o para agricultores dos EUA, eleitorado pol?tico chave de Trump que foi afetado pelas tarifas retaliat?rias da China sobre a soja e outras mercadorias agr?colas.

O secret?rio de Com?rcio dos EUA, Wilbur Ross, disse em entrevista ? Fox Business Network na quinta-feira que ainda n?o est? claro o que a China queria e que 'descobriremos muito, muito em breve nas pr?ximas semanas'.

'O que precisamos ? corrigir os grandes desequil?brios, n?o apenas o atual d?ficit comercial', disse Ross. '? mais complicado do que apenas comprando um pouco mais de soja'.

Em uma reviravolta inesperada, alguns membros chineses da delega??o ficar?o nos Estados Unidos para visitar regi?es agr?colas na pr?xima semana, disse o secret?rio de Agricultura, Sonny Perdue a rep?rteres.

'Eles querem ver a produ??o agr?cola. Eu acho que eles querem construir boa vontade', disse Perdue.

A CNBC informou anteriormente que o grupo visitar? Bozeman,Montana e Omaha, Nebraska.

Um porta-voz do USTR n?o respondeu imediatamente ?s perguntas.

C?MBIO NA MESA

O Secret?rio do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, que junto com o Representante do Com?rcio do pa?s, Robert Lighthizer, e do vice-primeiro-ministro chin?s, Liu He, participar? das discuss?es de outubro, disse que quest?es cambiais ser?o o foco das novas rodadas de negocia??es.

Mnuchin declarou, formalmente, que a China ? uma manipuladora de moeda no m?s passado, ap?s o yuan enfraquecer em rela??o ao d?lar, acusando Pequim de tentar obter uma vantagem comercial.

Trump j? disse que a China n?o conseguiu atender compromissos de compras agr?colas assumidos pelo Presidente Xi Jinping em uma c?pula do G20, no Jap?o, como um gesto de boa vontade para a retomada das neogia??es. A China negou ter feito tais compromissos.

Quando essas compras n?o se concretizaram durante negocia??es comerciais entre EUA e China, no final de julho, Trump rapidamente agiu para impor tarifas de 10% sobre praticamente todas as importa??es chinesas remanescentes que n?o tinham sido afetadas por rodadas anteriores.

Na semana passada, no entanto, Trump adiou um aumento de tarifa programado para 1? de outubro sobre 250 bilh?es de d?lares em importa??es chinesas para o meio do m?s, e a China adiou as tarifas de alguns tipos de medicamento de c?ncer nos EUA,ingredientes para alimenta??o animal e lubrificantes.

Na quinta-feira, o Escrit?rio do Representante Comercial dos EUA disse que dezenas de outros produtos chineses seriamexclu?dos das tarifas existentes, incluindo coleiras para c?es, algumas placas de circuito impresso usadas em computadores, certas pe?as de autom?vel e luzes natalinas.

POSTURAS DIF?CEIS

'H? uma certa suaviza??o no ar', disse o consultor da Casa Branca, Larry Kudlow, ? Fox Business Network quando os negociadores se reuniam na manh? de quinta-feira.

O editor do jornal estatal Global Times da China advertiu, no entanto, que Pequim manter? sua postura dif?cil.

'Muitas autoridades americanas facilmente interpretam de forma errada a boa vontade da China, pensam que Pequim mostra fraqueza', disse Hu Xijin no Twitter. 'A China n?o gosta de falar grosso antes das negocia??es, mas sei que a China n?o est? t?o ansiosa para chegar a um acordo quanto pensava o lado dos EUA'.

Pequim tamb?m busca reduzir as san??es dos EUA contra a fabricante de equipamentos de telecomunica??es Huawei Technologies, que foi amplamente impedida de comprar produtos de tecnologia sens?veis dos EUA.

A guerra comercial, que se arrasta h? 14 meses, temagitado o mercado financeiro, ? medida que formuladores de pol?ticas e investidores se preocupam com as consequ?ncias econ?micas globais.

Preocupa??es com uma recess?o levaram os bancos centraisem todo o mundo a afrouxar a pol?tica nos ?ltimos meses. O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduziu, na quarta-feira, as taxas de juros pela segunda vez neste ano parafornecer 'seguro contra riscos cont?nuos'.

Especialistas em com?rcio, executivos e funcion?rios do governo em ambos pa?ses dizem que, mesmo que as negocia??es de setembro e outubro produzam um acordo provis?rio, a guerra comercial EUA-China endureceu para uma batalha pol?tica e ideol?gica que ? muito mais profunda do que tarifas e pode levar anos para ser resolvida

Escrito por Redação

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