Nova tabela de fretes impacta setor de grãos em mais R$3,4 bi, avalia Anec
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Por Jos? Roberto Gomes
S?O PAULO (Reuters) - A nova tabela de fretes para transporte rodovi?rio, divulgada nesta quarta-feira pela reguladora ANTT, representa um custo adicional de cerca de 3,4 bilh?es de reais para o setor de gr?os do Brasil, disse o diretor-geral da Associa??o Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), S?rgio Mendes.
O c?lculo leva em conta a ?rea plantada com soja e milho no Brasil e a rota de Rio Verde (GO) at? o Porto de Santos (SP), considerada uma das mais tradicionais para o escoamento desses produtos pelo pa?s, um dos maiores exportadores de gr?os do mundo.
Segundo Mendes, antes da imposi??o de uma tabela, os fretes por tonelada de soja e milho giravam em torno de 170 reais a tonelada.
Com o tabelamento, aplicado pelo governo na esteira da greve dos caminhoneiros, o custo do frete subiu para 225 reais e agora passou para em torno de 236 reais, levando-se em considera??o o reajuste m?dio de 5 por cento previsto nos novos valores.
'? um passivo que as empresas nem sabem como fazer. Dentre os compromissos que tem, principalmente com soja, com o com?rcio internacional. Tem a China, que est? comprando mais do Brasil por causa da disputa com os Estados Unidos. O Brasil n?o tem como deixar de fornecer', afirmou Mendes.
'Se antes a tabela j? era super pesada, imposs?vel de se imaginar, agora fica pior ainda... A tabela anterior, ou qualquer tabela, para o setor, onde as margens s?o extremamente estreitas, qualquer coisa que voc? insere a? n?o tem como repassar. Voc? tem de deglutir esse custo adicional.'
Conforme o diretor da Anec, 'nos ?ltimos quatro anos, a margem l?quida das exportadoras de gr?os foi de cerca de 1 por cento', afirmou.
Mendes acrescentou que, por ora, tanto produtores quanto exportadores n?o est?o deixando de fechar neg?cios, na expectativa de uma revers?o dessa situa??o, mas comentou que 'apenas o governo tem cacife' para alterar isso.
Escrito por Redação
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