Nova Zelândia proíbe armas semiautomáticas utilizadas em ataque a mesquitas

Por Tom Westbrook e Charlotte Greenfield

CHRISTCHURCH (Reuters) - A Nova Zel?ndia decidiu banir armas semiautom?ticas e fuzis sob uma nova legisla??o ap?s a morte de 50 pessoas no pior massacre a tiros da hist?ria do pa?s, anunciou a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, nesta quinta-feira.

Em resposta imediata ao ataque da ?ltima sexta-feira em duas mesquitas na cidade de Christchurch, Ardern definiu o massacre como terrorismo e disse que as leis sobre armas da Nova Zel?ndia iriam mudar.

'Em 15 de mar?o, nossa hist?ria mudou para sempre. Agora, nossa legisla??o tamb?m mudar?. Estamos anunciando hoje, em nome de todos os neozelandeses, maior rigor nas nossas leis de armas, o que trar? mais seguran?a ao nosso pa?s', disse Ardern em uma coletiva de imprensa.

'Todas as armas semiautom?ticas usadas durante o ataque terrorista de 15 de mar?o ser?o banidas', acrescentou.

Ardern afirmou que espera que a nova legisla??o entre em vigor at? 11 de abril e estabelecer? um programa de recompra de armas em prol do banimento, que pode custar at? 138 milh?es de d?lares ao governo.

Todos as armas semiautom?ticas e os fuzis ser?o banidos, assim como as pe?as utilizadas para converter armas comuns em semiautom?ticas e carregadores de alta capacidade.

Sob leis j? existentes, uma licen?a para armas de Categoria A permite semiautom?ticas limitadas a 7 tiros. A transmiss?o ao vivo de um dos ataques feita pelo atirador mostrou uma dessas armas modificada com um carregador de alta capacidade.

A Austr?lia baniu armamento semiautom?tico e lan?ou uma pol?tica de recompra ap?s um massacre em Port Arthur em 1996, no qual 35 pessoas morreram.

Ardern disse que, semelhante ? Austr?lia, a legisla??o permitiria exce??es muito espec?ficas para fazendeiros em controle de pragas e prote??o aos animais.

'Eu acredito fortemente que a maioria dos detentores leg?timos de armas na Nova Zel?ndia vai entender que essas medidas s?o de interesse nacional, sendo receptivos', afirmou.