Novo coronavírus se espalha, Trump oferece ajuda à China e mercados se agitam
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Por Cheng Leng e Josh Horwitz
XANGAI (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu toda a ajuda necess?ria ? China nesta segunda-feira para controlar um surto de coronav?rus que j? matou 81 pessoas, isolando dezenas de milh?es durante o maior feriado do ano no pa?s asi?tico e abalando os mercados globais.
Com as autoridades regionais recebendo cr?ticas cada vez maiores do p?blico sobre sua resposta inicial, o primeiro-ministro chin?s, Li Keqiang, visitou a cidade de Wuhan, epicentro do surto, para encorajar trabalhadores da ?rea e prometer refor?os.
As bolsas de a??es ca?ram ao redor do mundo, os pre?os do petr?leo atingiram os patamares mais baixos em tr?s meses e a moeda chinesa, o iuan, caiu para o n?vel mais fraco neste ano, com os investidores preocupados com os danos ? segunda maior economia do mundo, devido ?s proibi??es de viagens e um feriado do Ano Novo Lunar ainda mais prolongado.
Logo ap?s Trump oferecer ajuda, o Departamento de Estado dos Estados Unidos alertou os norte-americanos contra visitas a toda China devido ao novo v?rus.
Vestindo um traje de prote??o azul e m?scara, o premi? chin?s elogiou os m?dicos em Wuhan, disse que mais 2.500 trabalhadores da ?rea se juntariam a eles nos pr?ximos dois dias e visitou o local de um novo hospital a ser constru?do em poucos dias.
O l?der mais importante a visitar Wuhan desde o in?cio do surto, Li apareceu na TV estatal liderando trabalhadores da ?rea da sa?de em c?nticos de 'Wuhan jiayou!' --uma exorta??o para manter a for?a deles.
RAIVA CRESCENTE
Nas m?dias sociais fortemente censuradas da China, as autoridades enfrentam uma ira crescente sobre o v?rus, que se acredita ter se originado de um mercado onde animais silvestres eram vendidos ilegalmente.
Alguns criticaram o governador da prov?ncia de Hubei, da qual Wuhan ? a capital, depois que ele se corrigiu duas vezes durante uma entrevista coletiva sobre o n?mero de m?scaras faciais sendo produzidas.
'Se ele pode se atrapalhar com os dados v?rias vezes, n?o admira que a doen?a tenha se espalhado t?o severamente', disse um usu?rio da plataforma de m?dia social Weibo.
Em rara autocr?tica p?blica, o prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, disse que a administra??o da cidade 'n?o ? boa o suficiente' e indicou que estava disposto a renunciar.
A cidade, com 11 milh?es de pessoas e localizada na regi?o central da China, est? em confinamento virtual e grande parte da prov?ncia de Hubei, lar de quase 60 milh?es de pessoas, est? sob restri??o de viagens.
Em outras partes da China, pessoas de Hubei enfrentavam questionamentos sobre seus movimentos. 'O povo de Hubei est? sendo discriminado', reclamou um morador de Wuhan no Weibo.
Alguns casos relacionados a pessoas que viajaram de Wuhan foram confirmados em uma d?zia de pa?ses, do Jap?o aos Estados Unidos, onde as autoridades disseram ter 110 pessoas sob investiga??o em 26 Estados.
O Sri Lanka foi o ?ltimo pa?s a confirmar um caso at? o momento.
INVESTIDORES PREOCUPADOS
Os investidores est?o preocupados com o impacto nas viagens, no turismo e na atividade econ?mica de modo geral. O consenso ? que, a curto prazo, a produ??o econ?mica ser? atingida uma vez que as autoridades limitaram as viagens e estenderam por tr?s dias o feriado de Ano Novo de uma semana --quando milh?es tradicionalmente viajam de trem e avi?o e por rodovias-- para limitar a propaga??o do v?rus.
As bolsas de a??o da ?sia, Europa e Estados Unidos registravam queda.
'A China ? o maior impulsionador do crescimento global, ent?o isso n?o poderia ter come?ado em um lugar pior', disse Alec Young, diretor administrativo de pesquisa de mercado global da FTSE Russell.
Durante o surto de 2002-2003 da S?ndrome Respirat?ria Aguda Grave (Sars), que se originou na China e matou quase 800 pessoas em todo o mundo, a demanda de passageiros a?reos na ?sia caiu 45%. A ind?stria de viagens est? mais dependente dos viajantes chineses agora.
Os ?ltimos n?meros oficiais estimam o n?mero total de casos confirmados na China em 2.835, cerca da metade em Hubei. Alguns especialistas suspeitam de um n?mero muito maior.
O n?mero de mortes em Hubei subiu para 76, de acordo com as autoridades, com cinco mortes em outras partes da China, incluindo a primeira em Pequim.
(Reportagem de Winni Zhou, Sun Yilei, Cheng Leng e Josh Horwitz em Xangai; Cate Cadell, Gabriel Crossley e Yawen Chen em Pequim)
Escrito por Reuters
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