OMS cobra países a investigarem casos precoces de Covid-19

Por Emma Farge e Stephanie Nebehay

GENEBRA (Reuters) - A Organiza??o Mundial da Sa?de (OMS) disse nesta ter?a-feira que um relato segundo o qual o novo coronav?rus foi registrado na Fran?a em dezembro, bem antes do que se imaginava anteriormente, 'n?o foi surpreendente', e exortou os pa?ses a investigarem quaisquer outros casos suspeitos.

A doen?a identificada mais tarde como Covid-19 foi relatada pela primeira vez ? OMS por autoridades chinesas no dia 31 de dezembro, e at? agora n?o se acreditava que ela tinha chegado ? Europa antes de janeiro.

'Isso cria todo um quadro novo a respeito de tudo', disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, durante um briefing da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU) em Genebra ao se referir aos relatos franceses.

'As descobertas ajudam a entender melhor a circula??o potencial do v?rus da Covid-19', acrescentou, dizendo que outros poss?veis casos precoces podem emergir depois de se reexaminar amostras.

Um hospital franc?s que reexaminou amostras antigas de pacientes com pneumonia descobriu ter tratado um homem que tinha Covid-19 j? em 27 de dezembro, quase um m?s antes de o governo da Fran?a confirmar seus primeiros casos.

Lindmeier incentivou outros pa?ses a verificarem registros de casos de pneumonia de origem n?o especificada do final de 2019, dizendo que isto daria ao mundo 'uma imagem nova e mais clara' do surto.

Indagado sobre as origens do v?rus na China, Lindmeier enfatizou que ? 'muito, muito importante' explorar esta quest?o.

O secret?rio de Estado norte-americano, Mike Pompeo, alega que sua na??o tem 'ind?cios' de que o novo coronav?rus surgiu em um laborat?rio de Wuhan, na China, mas cientistas disseram ? OMS que ele tem origem animal.

'Isso pode necessitar de novas miss?es ou uma miss?o (? China), ent?o estamos esperando por isso', disse Lindmeier.

O principal especialista em emerg?ncias da OMS, doutor Mike Ryan, disse na segunda-feira que o chefe da entidade abordou a quest?o das origens do v?rus 'no n?vel mais alto' durante uma miss?o da OMS na China em janeiro.