Oposição da Venezuela homenageia político que morreu na prisão
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CARACAS/GENEBRA (Reuters) - Cantando o hino nacional enquanto carregavam um caix?o, parlamentares da Venezuela homenagearam na ter?a-feira um pol?tico da oposi??o que autoridades dizem ter se matado pulando da janela de uma pris?o, mas cujo partido afirma que foi assassinado.O vereador Fernando Alb?n, de 56 anos, foi preso na sexta-feira devido ao suposto envolvimento na explos?o de dois drones durante um desfile militar em agosto que era comandado pelo presidente Nicol?s Maduro, disse o ministro do Interior, N?stor Reverol.
Em uma publica??o no Twitter, Reverol disse que, quando estava na sala de espera do 10? andar da sede da ag?ncia venezuelana de intelig?ncia, Alb?n saltou pela janela.
Este relato divergiu daquele do procurador-geral venezuelano, Tarek Saab, que disse em coment?rios televisionados que Alb?n pediu para usar o banheiro e pulou de l?.
Advers?rios do socialista Maduro dizem que Alb?n, um cat?lico devoto e homem de fam?lia, n?o poderia ter se suicidado, e acusaram as autoridades de acobertarem um assassinato.
'S? o regime de Maduro ? respons?vel pelo assassinato de Fernando Alb?n', disse a parlamentar de oposi??o Delsa Solorzano durante uma sess?o especial do Congresso em homenagem a Alb?n.
O partido de oposi??o Primeiro Justi?a, ao qual Alb?n pertencia, disse que a pris?o dele se deveu a declara??es que fez em reuni?es recentes da ONU na cidade de Nova York denunciando viola??es de direitos humanos na Venezuela.
As autoridades ainda n?o divulgaram o relat?rio da aut?psia.
Um dos advogados de Alb?n, Joel Garcia, disse a rep?rteres que uma aut?psia realizada no instituto m?dico legal nacional mostrou sinais de traumatismo grave no cr?nio, no peito e nos quadris, al?m de ind?cios de uma queda.
Na ter?a-feira o escrit?rio de direitos humanos da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU) pediu uma investiga??o independente.
A porta-voz de direitos humanos da ONU, Ravina Shamdasani, disse em um boletim ? imprensa em Genebra que o escrit?rio est? preocupado com a not?cia da morte de Alb?n e tamb?m por ele n?o ter sido apresentado a um juiz dentro de 48 horas, como exigido pela lei da Venezuela.
'De fato pedimos uma investiga??o transparente e independente para esclarecer as circunst?ncias de sua morte', disse. 'Entendemos que existem relatos conflitantes sobre o que exatamente aconteceu'.
(Reportagem de Stephanie Nebehay, em Genebra; e Angus Berwick, Vivian Sequera e Alexandra Ulmer, em Caracas)
Escrito por Redação
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