Parlamentares de Taiwan aprovam casamento homoafetivo, em medida inédita na Ásia
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Por Yimou Lee
TAIP? (Reuters) - Taiwan se tornou nesta sexta-feira o primeiro local da ?sia a legalizar o casamento homoafetivo, levando milhares de pessoas a comemorar com bandeiras com as cores do arco-?ris em frente ao Parlamento, embora ainda haja divis?es profundas sobre igualdade matrimonial.
Parlamentares do majorit?rio Partido Democr?tico Progressista (DPP) apoiaram o projeto de lei, que foi aprovado por 66 a 27, ainda que a medida possa dificultar a tentativa do presidente Tsai Ing-wen de se reeleger em 2020.
Manifestantes enfrentaram uma chuva forte do lado de fora do Parlamento na capital Taip?, com alguns se abra?ando ?s l?grimas e outros comemorando a vota??o com gritos de 'Primeiros da ?sia' e 'Muito bem, Taiwan'.
O projeto, que prop?e aos casais homossexuais prote??es legais semelhantes ?s de heterossexuais, entrar? em vigor em 24 de maio, depois da san??o de Tsai.
'Hoje ? um dia de orgulho para Taiwan. N?s demonstramos ao mundo os valores de gentileza e inclus?o para essa terra', disse Tsai a rep?rteres ap?s a aprova??o da medida.
'Por meio da legaliza??o, garantimos que o amor de todos ? igual e todos s?o tratados igualmente', acrescentou Tsai, cuja plataforma pol?tica na elei??o presidencial de 2016 inclu?a a promessa de igualdade matrimonial.
A lei, no entanto, permite casamentos homoafetivos apenas entre taiwaneses, ou com estrangeiros cujos pa?ses reconhe?am a uni?o homossexual. Ela tamb?m permite a ado??o de crian?as biologicamente ligadas a ao menos uma das pessoas do casal.
'Ap?s 30 anos de brigas, os homossexuais finalmente podem se casar', disse o m?sico Ken Chen, de 32 anos, que acompanhava a vota??o do lado de fora do Parlamento. 'Muito de n?s estavam ?s l?grimas'.
Entretanto, a decis?o pode dificultar a tentativa de reelei??o de Tsai em janeiro.
No ano passado, eleitores de Tsai se opuseram ao casamento homoafetivo em uma s?rie de referendos, definindo o matrim?nio apenas como a uni?o civil de um homem e uma mulher.
Grupos conservadores alegaram que a lei desrespeita a vontade do povo.
Escrito por Redação
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