Pedidos de auxílio-desemprego crescem em março e abril; governo vê represamento de 200 mil requerimentos
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BRAS?LIA (Reuters) - Dados divulgados pelo Minist?rio da Economia nesta ter?a-feira mostram que os pedidos de seguro-desemprego no pa?s aumentaram 11,1% em mar?o em rela??o a fevereiro e tiveram novo salto de 13,8% na primeira quinzena de abril sobre o mesmo per?odo de mar?o, em meio ?s dificuldades econ?micas criadas pela pandemia do Covid-19.
O aumento da demanda pelo seguro ? na pr?tica maior porque, diante do fechamento dos postos de atendimento presencial aos desempregados por causa das medidas de isolamento social, o governo estima que houve um represamento de at? 200 mil pedidos no per?odo.
Ainda assim, o secret?rio especial de Previd?ncia e Emprego, Bruno Bianco, destacou em entrevista coletiva que, no acumulado do ano, os n?meros por ora mostram queda dos pedidos de seguro frente a 2019, de 7,4% at? a primeira quinzena de abril, totalizando 1,856 milh?o. Em mar?o, foram apresentados 536,8 mil pedidos de seguro-desemprego e, na primeira quinzena de abril, 267,7 mil.
'Estamos conseguindo fazer com os que os empregos sejam preservados', afirmou Bianco, ponderando que o crescimento da demanda pelo aux?lio-desemprego n?o seria elevado considerando a dimens?o da crise econ?mica gerada pelo coronav?rus em todo o mundo.
Considerando na conta tamb?m os pedidos de seguro-desemprego represados, contudo, a estimativa do governo ? que os requerimentos ficar?o cerca de 150 mil acima de 2019 no per?odo de mar?o e primeira quinzena de abril. At? o momento, os dados mostram uma retra??o de 62,2 mil pedidos no per?odo.
'? claro que ? um momento dif?cil, a economia toda do Brasil vai sofrer, ? natural que haja uma perda ainda consider?vel de empregos nos pr?ximos meses', disse o secret?rio de Trabalho, Bruno Dalcolmo, acrescentando que iniciativas tomadas pelo governo est?o oferecendo um 'colch?o de amortecimento' ? popula??o em dificuldades.
Segundo Dalcolmo, mais de 4 milh?es de trabalhadores j? solicitaram o Benef?cio Emergencial de Preserva??o do Emprego e da Renda (BEM), a ser pago pelo governo como complementa??o parcial da renda a empregados formais no caso de redu??o de sal?rio e jornada de trabalho ou de suspens?o de contratos trabalhistas.
O secret?rio afirmou que a estimativa ? que, com o BEM, a perda m?dia de renda dos trabalhadores que aderiram ao programa ser? de cerca de 15%.
'A expectativa ? que haja uma perda a? em torno de 15%, mas lembrando, esses trabalhadores n?o estar?o trabalhando ou estar?o com sua jornada reduzida', disse.
Sobre os dados do Caged, que poder?o indicar com mais clareza o impacto da crise da pandemia sobre o emprego formal no pa?s, Dalcolmo disse que o governo est? mobilizado para sanar os problemas que levaram ? suspens?o da divulga??o dos n?meros do cadastro este ano.
Segundo o Minist?rio da Economia, as empresas t?m enfrentado dificuldades no repasse dos dados, na esteira de simplifica??o promovida pelo governo para que o envio de informa??es trabalhistas fosse concentrado em um ?nico canal e o cen?rio de pandemia do coronav?rus tem dificultado a autorregulariza??o.
'Como sabemos que h? milhares de empresas que n?o est?o reportando seus dados...n?o ? razo?vel que se fa?a essa divulga??o agora', afirmou Dalcolmo, acrescentando que os n?meros voltar?o a ser reportados assim que se mostrarem fidedignos.
Segundo o secret?rio, o minist?rio tamb?m est? empenhado em desafogar o atendimento remoto aos solicitantes do seguro-desemprego, por telefone e email, e espera reduzir o quanto antes o represamento dos pedidos.
Em fevereiro e mar?o, os trabalhadores do setor de servi?os lideraram os pedidos de seguro-desmperego, com quase 40%, em linha com tend?ncia hist?rica, segundo apontou Dalcolmo. S?o Paulo e Minas Gerais foram os Estados com o maior n?mero de requerimentos.
(Por Isabel Versiani)
Escrito por Reuters
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