Peru não estará isento de protestos enquanto não reduzir desigualdade, diz Vizcarra
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PARACAS, Peru (Reuters) - O Peru n?o est? isento de protestos sociais e pol?ticos como os que diversos pa?ses da Am?rica Latina vivenciam enquanto n?o reduzir a pobreza e combater a corrup??o, disse o presidente peruano, Mart?n Vizcarra, na quinta-feira.
Vizcarra afirmou que a 'aut?ntica' economia de livre mercado que ajuda o desenvolvimento pa?s ? aquela que promove e protege os interesses das maiorias, fomentando a competi??o, e n?o s? os pequenos grupos de poder, em uma cr?tica aberta a empres?rios reunidos ao sul de Lima.
'A enorme tens?o pol?tica que temos vivenciado h? v?rios anos prejudicou o crescimento econ?mico. Mas a sa?da institucional e democr?tica dela, com um chamado para elei??es (legislativas) inclu?das, reduziu o risco de cair em situa??es lament?veis que afetam fortemente muitos pa?ses irm?os', disse Vizcarra.
'Mas devemos deixar claro que esse perigo existe e h? quest?es que precisam ser enfrentadas', acrescentou.
As ruas de pa?ses como Chile, Col?mbia, Equador e Bol?via s?o palco de protestos sociais e pol?ticos h? v?rias semanas, principalmente em rejei??o ?s agendas de livre mercado de seus l?deres, os quais s?o culpados pelos manifestantes pelo crescimento da desigualdade na regi?o ou por den?ncias de fraude eleitoral.
No Peru, ap?s meses de confronto com a oposi??o no Congresso, o governo de Vizcarra decidiu dissolver o desacreditado Parlamento e convocou novas elei??es legislativas para janeiro de 2020.
'N?o se pode conduzir o Peru para um futuro melhor se mantivermos tudo como est? ou se continuarmos a cometer os mesmos erros', disse Vizcarra na reuni?o de neg?cios do Conselho Anual de Executivos (Cade), realizada em Paracas, a 260 quil?metros ao sul de Lima.
Vizcarra, que assumiu o poder no ano passado ap?s a ren?ncia de Pedro Pablo Kuczynski, convocou os empres?rios a combater a corrup??o, no ?mbito pol?tico e no privado, diante das recentes revela??es de que grandes nomes do mundo corporativo contribu?ram para campanhas pol?ticas milion?rias, hoje sob a lupa de investiga??es fiscais.
'N?o podemos comercializar pol?ticas se pretendemos desenvolver uma verdadeira economia de mercado para todos. N?o podemos procurar que os privilegiados continuem mantendo seu status quo! Os peruanos pedem mudan?as, juntam-se a eles!', afirmou.
(Por Marco Aquino; Reportagem adicional de Mar?a Cervantes)
Escrito por Reuters
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