Petrobras pode desestatizar BR e avalia vender mais gasodutos, diz CFO
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Por Luciano Costa
S?O PAULO (Reuters) - A Petrobras, controladora da BR Distribuidora, muito provavelmente reduzir? fatia na empresa de combust?veis para menos de 50 por cento, afirmou o diretor financeiro da estatal, Rafael Grisolia, ap?s semin?rio da Fitch, nesta quarta-feira.
A BR Distribuidora est? entre os ativos que a Petrobras pretende vender para reduzir suas d?vidas e ampliar investimentos no setor de explora??o e produ??o de petr?leo, e a estatal j? contratou nove bancos para coordenar a opera??o, segundo informou a Reuters nesta semana com fontes familiarizadas com o assunto.
'A quest?o ? que hoje a gente tem uma participa??o de 71 por cento, e muito provavelmente, ainda est? sob aprova??es internas. A gente vai reduzir essa participa??o abaixo de 50 por cento', declarou ele a jornalistas.
Mas Grisolia destacou que a Petrobras continuar? sendo sempre um acionista relevante da BR.
A companhia tem discutido se a oferta de a??es precisaria ser submetida ao Tribunal de Contas da Uni?o (TCU) no caso de significar uma privatiza??o.
Segundo Grisolia, que dever? assumir o posto de presidente-executivo da BR, a empresa de combust?veis teria mais valor se fosse desestatizada e poderia tomar decis?es de maneira mais ?gil em um mercado competitivo.
'Acho que a gente pode trazer valor para a pr?pria Petrobras e para os acionistas da BR... com rela??o a uma redu??o de participa??o que caracterizaria de repente a BR deixar de ser estatal... Ela precisa ter agilidade para competir com os investidores', afirmou Grisolia, citando Ra?zen e Ipiranga como as principais concorrentes.
DIESEL
Ele comentou tamb?m sobre recente pol?mica sobre pre?os de combust?veis envolvendo da Petrobras e o presidente Jair Bolsonaro, que reclamou de um reajuste do diesel da estatal.
Segundo o CFO, todas as decis?es da Petrobras nos ?ltimos tempos foram tomadas de forma estritamente empresarial e por sua pr?pria ?tica de riscos.
'As decis?es recentes da companhia, dos ?ltimos meses, semanas, dias, s?o estritamente empresariais, sempre por nossa ?tica de gest?o de risco', disse o CFO, ao responder pergunta sobre governan?a e eventual interfer?ncia do governo na empresa.
'Sempre falo, se empresas como a Shell, a Exxon tivesse a presen?a cr?tica que a gente tem no setor de refino... tamb?m teria a mesma sensibilidade', completou.
'? assim que o time executivo pensa com rela??o a todas suas responsabilidades.'
Ele argumentou que uma greve de caminhoneiros, na hip?tese de um reajuste do diesel disparar o movimento, poderia ter um efeito desastroso para a Petrobras.
'Qual de n?s brasileiros n?o tem preocupa??o com esse assunto? Acho que qualquer empresa... qualquer administrador de qualquer empresa tem que pensar sobre isso e os administradores da maior empresa do Brasil, tamb?m', disse ele, lembrando do impacto econ?mico de uma greve dos caminhoneiros para a Petrobras, que resultaria em paradas ou redu??o da produ??o.
GASODUTO
O CFO disse que a Petrobras poder? incluir mais gasodutos em seu plano de desinvestimentos, como as unidades conhecidas como Rota 1, Rota 2 e Rota 3, que conectam a ?rea do pr?-sal na Bacia de Santos ? infraestrutura terrestre.
'Eventualmente, sim, dentro das aprova??es e no momento certo a gente anuncia... esta sendo redesenhada a forma mais efetiva de vir a mercado... pode ser um desenho (com todas as tr?s Rotas), pode ser um desenho parcial, isso est? muito aberto para o que gere mais valor a gente', declarou.
A afirma??o confirmou reportagem da Reuters publicada na semana passada, de que a Petrobras est? preparando a venda de mais tr?s gasodutos depois de levantar 8,6 bilh?es de d?lares com o repasse do controle da TAG ? francesa Engie.
Segundo tr?s fontes com conhecimento do assunto, a Petrobras contratou a unidade do banco de investimento do Credit Suisse para vender os gasodutos.
Escrito por Redação
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