Petrobras recolhe mais de 200 t de resíduos oleosos nas praias do Nordeste
Publicada em
Por Luciano Costa e Marta Nogueira
S?O PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras coletou mais de 200 toneladas de res?duos oleosos, ainda de origem misteriosa, que v?m atingindo praias do Nordeste desde o in?cio de setembro, informou a companhia nesta quarta-feira.
A petroleira estatal mobilizou cerca de 1.700 agentes ambientais para limpeza das ?reas impactadas na regi?o e mais de 50 empregados para planejamento e execu??o da resposta ?s manchas, disse a empresa.
Em comunicado, a Petrobras reafirmou ainda que ser? ressarcida pelos trabalhos desempenhados no combate ao problema ambiental, conforme publicado anteriormente pela Reuters, com informa??o da estatal.
'A Petrobras refor?a que o ?leo nas praias do Nordeste n?o tem origem nas opera??es da companhia e os custos das atividades de limpeza ser?o ressarcidos, conforme informado pelo Ibama', reiterou.
Tamb?m foram acionados, segundo a Petrobras, cinco Centros de Defesa Ambiental (CDA) --instala??es da empresa distribu?dos pelo pa?s para responder a emerg?ncias ambientais-- e nove Centros de Resposta a Emerg?ncia.
Identificadas desde 2 de setembro, as manchas de petr?leo chegaram a todos Estados do Nordeste e j? atingem 72 munic?pios e 167 localidades, segundo dados atualizados pelo ?rg?o ambiental Ibama na noite de ter?a-feira.
Tamb?m nesta quarta-feira, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, realizou um sobrevoo sobre o litoral da Bahia para inspecionar as manchas. Em mensagem no Twitter, Salles disse que o sobrevoo marcado para esta quarta-feira visava 'acompanhamento das manchas e equipes de recolhimento' e acrescentou que ir? visitar tamb?m 'outras localidades' afetadas.
O Ibama registrou avistamentos de ao menos 13 tartarugas marinhas mortas nas praias impactadas pelas manchas de ?leo, de acordo com levantamento at? segunda-feira.
O ?rg?o ambiental confirmou que requisitou apoio da Petrobras para limpeza das praias. J? a investiga??o da origem das manchas de ?leo ? conduzida pela Marinha, enquanto a investiga??o criminal est? sob responsabilidade da Pol?cia Federal.
At? o momento, o governo brasileiro ainda n?o identificou a origem do petr?leo e nem como aconteceu o derramamento. Segundo a Petrobras, a an?lise de amostras realizadas pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) atestou que o petr?leo cru encontrado nas praias n?o ? produzido no Brasil, nem comercializado ou transportado pela companhia.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse na semana passada que foi identificado que o material possui caracter?sticas similares ao petr?leo extra?do na Venezuela, mas destacou que ainda n?o h? conclus?es definitivas.
Antes, o ministro Salles tamb?m havia dito que o petr?leo 'muito provavelmente' ? de origem venezuelana.
O governo da Venezuela e a estatal PDVSA, no entanto, rejeitaram na semana passada responsabilidade pelo derramamento, afirmando que n?o encontraram evid?ncias de vazamentos em campos de petr?leo no pa?s que pudessem ter afetado o Brasil.
BARREIRAS
O Ibama disse ainda que requisitou ? Petrobras a disponibiliza??o de barreiras de conten??o para impedir que o ?leo continue se espalhando, mas afirmou que a medida foi tomada 'por precau??o', uma vez que avalia que o uso do equipamento 'pode n?o alcan?ar a efic?cia pretendida'.
'Nos casos em que o ?leo derramado ? de origem conhecida e sua dispers?o ? prevista, a instala??o de barreiras em ?guas calmas ? tecnicamente recomend?vel para proteger pontos sens?veis, como manguezais. Contudo, se os manguezais j? estiverem oleados, a medida poder? provocar o efeito inverso e impedir a depura??o natural do ambiente', explicou.
Segundo o ?rg?o ambiental, mais de 200 barreiras est?o em Aracaju, no Sergipe, '? disposi??o de institui??es com capacidade operacional para realizar sua instala??o e manuten??o'.
Escrito por Redação
SALA DE BATE PAPO