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Petrobras revê corte de produção de abril ao ver melhor demanda externa

Placeholder - loading - Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos, litoral do Rio de Janeiro  05/09/2018 REUTERS/Pilar Olivares
Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos, litoral do Rio de Janeiro 05/09/2018 REUTERS/Pilar Olivares

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Por Marta Nogueira e Gram Slattery

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras reviu o corte de produ??o previsto para abril ap?s verificar uma demanda melhor do que a esperada por seus produtos, especialmente aqueles exportados, informou a petroleira nesta segunda-feira, apesar do cen?rio mundial de contra??o de consumo devido ao novo coronav?rus.

A companhia havia anunciado no ?ltimo dia 7 um corte de produ??o de petr?leo de cerca de 200 mil barris por dia (bpd), fixando um patamar de bombeamento de 2,07 milh?es de bpd para abril, ante m?dia de 2,394 milh?es de bpd registrada no ?ltimo trimestre de 2019.

Mas, em relat?rio de produ??o nesta segunda-feira, apontou m?dia produtiva em abril de cerca de 2,26 milh?es de barris por dia, 20 dias depois de anunciar cortes para se adequar a um momento de menor demanda pelo coronav?rus.

'Com a evolu??o da demanda por nossos produtos se mostrando melhor do que o esperado, optamos pelo retorno gradual para um patamar de produ??o m?dia de ?leo de 2,26 milh?es de bpd em abril acompanhado de aumento do fator de utiliza??o da capacidade do refino', disse a empresa, em seu boletim trimestral de produ??o.

A empresa informou que havia programado anteriormente reduzir o fator de utiliza??o das refinarias de 79% para 60%. Mas n?o informou o novo fator de utiliza??o para suas refinarias.

Em boletim na noite de segunda-feira, o Minist?rio de Minas e Energia informou que o fator de utiliza??o das refinarias, que ficou abaixo de 55% ao longo da maior parte da primeira quinzena do m?s, havia subido para mais de 60% no domingo.

A companhia lembrou ainda que hibernou 62 plataformas em campos de ?guas rasas que est?o em processo de desinvestimento. E informou que as a??es t?m 'permitido a manuten??o de folga razo?vel na capacidade de estocagem, evitando consequentemente a ado??o de medidas custosas como o afretamento de navios para armazenar l?quidos'.

A revis?o na produ??o de abril, no entanto, ocorre enquanto a petroleira tem se beneficiado de vendas de combust?vel naval ('bunker') e ?leo combust?vel, ap?s novas regras do mercado internacional exigirem menores percentuais de enxofre, o que pode ser obtido com menor custo pela empresa com o petr?leo do pr?-sal.

A produ??o de ?leo combust?vel, principalmente das correntes de bunker e ?leo combust?vel de baixo teor de enxofre, atingiu a m?dia de 295 mil bpd no primeiro trimestre, alta de 18,5% em rela??o ? produ??o do quarto trimestre.

Em fevereiro, a empresa bateu o recorde de exporta??o de ?leos combust?veis, alcan?ando a marca de 238 mil bpd, majoritariamente destinados ao mercado asi?tico.

'Embora haja queda na demanda global, o diferencial competitivo dos nossos produtos, a retomada gradual da China, forte parceiro comercial, e a constante busca por novos mercados para nossos produtos, trazem a expectativa de que continuaremos tendo uma boa performance em nossas exporta??es', afirmou.

A petroleira destacou ainda que, a partir de abril, com a queda da demanda no mercado interno, a empresa tem direcionado esfor?os para exporta??o de petr?leo e derivados. Para isso, a empresa est? trabalhando em a??es log?sticas que possibilitem a expans?o da capacidade de exporta??o.

A empresa reiterou ainda que, como resultado das a??es de preven??o ao coronav?rus nas plataformas, optou por rever o cronograma de paradas para manuten??o previstas para o segundo trimestre, postergando-as para o segundo semestre.

A estatal ainda comentou que, apesar dessas posterga??es decorrentes do Covid-19, manteve a previs?o de impacto negativo dessas paradas em 200 mil barris por dia na produ??o do ano.

Em meio a uma reviravolta das previs?es para abril, a companhia n?o trouxe uma nova meta de produ??o para o ano.

Em resposta ? Reuters, a empresa apontou que 'o cen?rio ainda ? de incerteza para que a Petrobras possa se manifestar sobre este assunto'.

Al?m disso, a empresa tamb?m manteve a expectativa de iniciar a produ??o da plataforma P-70, no campo de Atapu, no pr?-sal da Bacia de Santos, no primeiro semestre.

PRIMEIRO TRIMESTRE

A produ??o total de petr?leo, LGN e g?s natural da Petrobras somou 2,909 milh?es de barris de ?leo equivalente por dia (boed) no primeiro trimestre, alta de 14,6% ante o mesmo per?odo do ano passado, com impacto da entrada em opera??o de sete novas plataformas entre 2018 e 2019, nos importantes campos de B?zios, Lula e Berbig?o/Sururu (P-68).

Na compara??o com os ?ltimos tr?s meses de 2019, a produ??o total da petroleira caiu 3,8%, principalmente devido a venda de ativos.

A produ??o de petr?leo e LGN da companhia, no Brasil, por sua vez, atingiu 2,32 milh?es de barris por dia (bpd), alta de 17,7% ante o mesmo per?odo do ano passado e queda de 3,1% em rela??o ao quarto trimestre de 2019.

Escrito por Reuters

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