Petrobras vê expansão maior na produção de gás em meados da próxima década
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Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produ??o de g?s natural do Brasil tende a crescer bastante nos pr?ximos anos, em particular entre 2023 e 2025, com a entrada de novos projetos na Bacia de Santos, e o pa?s precisa trabalhar para que o insumo chegue ao mercado, disse nesta quarta-feira a diretora-executiva de Refino e G?s Natural Petrobras, Anelise Lara.
A executiva, que n?o citou n?meros de crescimento da produ??o, declarou que h? desafios importantes no abastecimento do mercado e para a abertura do setor, conforme planeja o governo.
Segundo ela, a petroleira tem trabalhado juntamente com o governo e outros agentes para permitir a quebra de monop?lios, com a entrada de novos atores, em busca de mais competi??o e investimentos.
'Para que esse g?s possa chegar ao consumidor ? importante tamb?m novos investimentos em infraestrutura e isso n?s vamos fazer em conjunto com os parceiros, que s?o os demais carregadores desse g?s', afirmou Lara, ao discursar na abertura de semin?rio do Instituto Brasileiro do Petr?leo (IBP).
Atualmente, Lara ressaltou que a Petrobras compra o g?s natural dos parceiros, porque a regula??o atual n?o permite a entrada de outros carregadores. O governo e a ag?ncia reguladora ANP est?o trabalhando para revisar esse modelo e permitir a entrada de novos agentes.
'A Petrobras tamb?m est? se comprometendo a dar acesso a demais carregadores em sua infraestrutura de processamento de g?s', disse Lara, destacando que dessa forma gigantes como Shell, Galp e Exxon poder?o comercializar no pa?s g?s produzido em campos brasileiros.
O movimento de abertura, segundo a executiva, ? bem-vindo para a cria??o de um mercado mais din?mico e competitivo, trazendo benef?cios para a sociedade e para a Petrobras.
'O exerc?cio do monop?lio que a gente cumpriu, eu diria, com bravura e coragem at? hoje, garantindo o abastecimento do g?s, traz tamb?m consequ?ncias, deveres e responsabilidades que para uma ?nica empresa assumir sozinha ? muito complicado', afirmou, sem detalhar.
Lara ponderou, no entanto, que a abertura demanda uma prepara??o do Brasil, e que os m?ltiplos agentes atuem de forma sincronizada, transparente e alinhada com reguladores.
Segundo ela, agentes como Ag?ncia Nacional do Petr?leo, G?s Natural e Biocombust?veis (ANP) e Minist?rio de Minas e Energia ter?o papel mais relevante para garantir o abastecimento de g?s do pa?s.
Tamb?m na abertura do evento, o presidente do IBP, Jos? Firmo, que representa as petroleiras no Brasil, saudou a iniciativa do governo federal para abrir o mercado de g?s e defendeu que ? 'inaceit?vel' que o pa?s opte por reinjetar grande quantidade de g?s nos campos, em vez de buscar meios para comercializ?-lo.
Firmo afirmou, entretanto, que 'ainda h? longo caminho a percorrer' e que a ag?ncia reguladora tem um papel fundamental, criando regras que assegure acesso ? infraestrutura de diversos atores.
O superintendente de Infraestrutura e Movimenta??o da ANP, Helio Bisaggio, ressaltou que a ag?ncia est? trabalhando em uma grande agenda para a abertura do setor, incluindo a edi??o de 11 novas resolu??es, sendo a primeira uma que tratar? da independ?ncia do transportador.
'N?o existe mercado competitivo sem transportador independente, sem livre acesso ao sistema de transporte', afirmou Bisaggio.
Escrito por Redação
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