Piñera diz ouvir exigências de chilenos em 'alto e bom som', mas protestos recomeçam

Por Dave Sherwood e Fabian Cambero

SANTIAGO (Reuters) - O presidente do Chile, Sebasti?n Pi?era,?e parlamentares se preparavam nesta quinta-feira para apresentar reformas voltadas a enfrentar a desigualdade social, mas manifestantes voltaram ?s ruas para pedir a??es r?pidas que melhorem a qualidade de vida.

O l?der de centro-direita disse que enviaria um projeto de lei ao Congresso nesta quinta-feira para reverter um aumento nas tarifas de energia el?trica, uma de v?rias medidas que ele espera que transformem as manifesta??es violentas em uma 'oportunidade' para o Chile.

Pi?era disse que a medida ser? seguida, na sexta-feira, por um projeto de lei para aumentar em 20% o valor m?nimo das aposentadorias.

Pi?era n?o ? ?nico l?der da Am?rica do Sul lidando com exig?ncias de manifestantes. O presidente do Equador, Len?n Moreno, foi obrigado a revogar a elimina??o dos subs?dios aos combust?veis neste m?s devido a dist?rbios, o boliviano Evo Morales enfrenta protestos contra sua reelei??o e o argentino Mauricio Macri sofre os efeitos negativos de um colapso econ?mico.

No Chile, a revolta contra a desigualdade e o custo de vida levou milhares de pessoas ?s ruas para exigirem uma reestrutura??o em uma das na??es mais tradicionalmente est?veis e ricas da regi?o.

Em pouco mais de cinco dias de tumultos, que pareciam estar arrefecendo na noite de quarta-feira, mais de 6 mil pessoas foram detidas e ao menos 16 foram mortas.

Pi?era, um empres?rio bilion?rio, fez um pronunciamento televisionado ? na??o na manh? desta quinta-feira, dizendo que ouviu as exig?ncias dos chilenos em 'alto e bom som'.

'Continuarei enviando projetos ao Congresso para... instilar vida nesta pauta social', afirmou Pi?era.

Ivan Flores, presidente da C?mara dos Deputados de maioria opositora, disse que os parlamentares descartar?o um recesso planejado anteriormente para acelerar as reformas.

Ainda enquanto Pi?era discursava, muitos manifestantes j? haviam come?ado a se reunir novamente nas pra?as centrais e em ruas do centro de Santiago, batendo panelas e pedindo mais reformas, mesmo sob o calor intenso da primavera.

Pi?era?ainda prop?s um novo sal?rio m?nimo garantido e redu??es nos custos do transporte p?blico.

(Reportagem adicional de Aislinn Laing e Natalia Ramos)