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Piora no nível do rio Paraná desacelera ainda mais exportação de grãos da Argentina

Placeholder - loading - Rio Paraná na região de Rosario, Argentina, onde nível d'água registrou forte queda  07/04/2020 REUTERS/Stringer
Rio Paraná na região de Rosario, Argentina, onde nível d'água registrou forte queda 07/04/2020 REUTERS/Stringer

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Por Maximilian Heath

BUENOS AIRES (Reuters) - A piora de uma redu??o hist?rica no n?vel do rio Paran? na Argentina for?ou empresas agroexportadoras a diminuir ainda mais o volume dos embarques de milho e soja do pa?s, justamente em um momento em que a colheita da atual temporada se intensifica, disse a c?mara portu?ria argentina nesta quinta-feira.

Semanas de tempo seco ajudaram os agricultores argentinos a acelerar a colheita de soja e milho, tornando o solo firme o suficiente para aguentar os pesados trabalhos da safra 2019/20.

Rio acima, no entanto, a seca no Brasil contribuiu para que os n?veis das ?guas do Paran? diminu?ssem na Argentina. A hidrovia transporta cerca de 80% das exporta??es agr?colas do pa?s.

Segundo dados do governo argentino, o n?vel do rio Paran? na regi?o dos terminais exportadores de Rosario era de 0,55 metro nesta quinta-feira. O Instituto Nacional das ?guas (INA) afirma que a m?dia para o m?s de abril no local ? de 4 metros.

'Em um navio do tipo Panamax, estamos falando de cerca de 10 mil toneladas a menos em cada embarca??o', disse Guillermo Wade, presidente da c?mara de atividades portu?rias CAPyM.

As m?nimas de uma d?cada no n?vel do rio Paran? est?o for?ando exportadores a carregar menos mercadorias no terminal de Rosario e a levar mais tempo para transportar os produtos at? Bah?a Blanca, onde as embarca??es atingem o Oceano Atl?ntico.

Abril ? o ?pice da colheita de soja e milho da Argentina, as principais safras agr?colas do pa?s para comercializa??o. A Argentina ? a maior exportadora de farelo e ?leo de soja do mundo, al?m de terceira principal fornecedora de gr?os de soja e milho.

SECA NO BRASIL

A forte queda no n?vel do rio Paran? se deve a uma importante escassez de ?gua que afeta desde o ano passado ?reas de S?o Paulo ao Rio Grande do Sul, disse ? Reuters o analista clim?tico da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, Eduardo Sierra.

O especialista destacou que a regi?o brasileira est? ingressando em um per?odo em que o n?vel de precipita??es n?o ? elevado.

O INA, em seu ?ltimo relat?rio de previs?es, afirmou esperar que o n?vel do Paran? caia a 0,37 metro na ?rea de Rosario na pr?xima semana.

O Minist?rio das Rela??es Exteriores da Argentina e o Itamaraty chegaram a um acordo para que o Brasil eleve o fluxo de ?gua na usina hidrel?trica da Itaipu, visando um aumento de 1.400 metros por segundo na vaz?o do rio Paran?.

Mesmo assim, a modifica??o nos n?veis de ?gua no rio pode ser um processo de v?rias semanas.

'O acordo com o Brasil est? sendo cumprido, mas a seca ? muito forte', disse ? Reuters uma fonte do Minist?rio das Rela??es Exteriores argentino.

Escrito por Reuters

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