Polícia da Nova Zelândia acusa suspeito de ataque a mesquitas de terrorismo

Por Charlotte Greenfield

WELLINGTON (Reuters) - A pol?cia da Nova Zel?ndia acusou nesta ter?a-feira o homem suspeito de realizar ataques a tiros em duas mesquitas da cidade de Christchurch de praticar um ato terrorista, na primeira vez na hist?ria do pa?s em que tal acusa??o ? feita.

Em uma a??o transmitida ao vivo pelo Facebook, um atirador solit?rio munido de armas semiautom?ticas atirou em mu?ulmanos presentes ?s ora??es de sexta-feira no dia 15 de mar?o, matando 51 fi?is e ferindo dezenas de pessoas.

A acusa??o desta ter?a-feira, em conformidade com a legisla??o de enfrentamento ao terrorismo, foi apresentada contra Brenton Tarrant, disse a pol?cia.

'A acusa??o alegar? que um ato terrorista foi cometido em Christchurch', afirmou o comiss?rio de pol?cia, Mike Bush, em um comunicado.

Essa foi a primeira vez que a acusa??o foi apresentada sob a legisla??o antiterrorismo do pa?s, adotada em 2002, ap?s os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Uma acusa??o adicional de assassinato e mais duas de tentativa de assassinato tamb?m foram apresentadas contra Tarrant, de forma que o suposto supremacista branco enfrenta um total de 51 acusa??es de assassinato e 40 de tentativa de assassinato.

O advogado de Tarrant n?o respondeu de imediato a um pedido de coment?rio da Reuters.

Especialistas legais disseram que qualquer condena??o por pr?tica de terrorismo n?o far? muita diferen?a pr?tica, j? que as acusa??es de assassinato rendem uma pena m?xima, mas que provavelmente foram acrescentadas para refletir o impacto traum?tico naqueles al?m das v?timas identificadas.

'A acusa??o de ato de terrorismo diz respeito a reconhecer o dano ? comunidade e aos indiv?duos prejudicados que estavam presentes, mas n?o foram feridos fisicamente ou mortos', explicou Graeme Edgeler, defensor p?blico e comentarista legal.

Tarrant deve voltar ao tribunal em 14 de junho. Ele foi mantido sob cust?dia em abril e obrigado a passar por uma avalia??o psiqui?trica para se determinar se est? apto a ser julgado.

A pol?cia disse ter notificado cerca de 200 familiares das v?timas e sobreviventes do ataque a respeito das acusa??es adicionais em uma reuni?o nesta ter?a-feira.

Mohamed Hussein Mostafa, cujo pai foi morto na Mesquita de Al Noor, disse que ficou feliz por o evento estar sendo tratado como um ato terrorista, especialmente porque a comunidade mu?ulmana foi 'difamada' pela m?dia e pelos pol?ticos muitas vezes como poss?vel perpetradora da viol?ncia desde os ataques de 11 de setembro.