Polícia de Hong Kong dispara gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes na véspera de Natal
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Por Marius Zaharia e Clare Jim
HONG KONG (Reuters) - A pol?cia de Hong Kong disparou g?s lacrimog?neo contra milhares de manifestantes, muitos usando m?scaras e chifres de rena, depois de brigas em shopping centers e em um distrito tur?stico, enquanto as manifesta??es antigovernamentais aumentavam o caos na v?spera de Natal.
Os manifestantes dentro dos shoppings jogaram guarda-chuvas e outros objetos na pol?cia, que responderam batendo em alguns manifestantes com cassetetes, com um apontando a arma para a multid?o, mas n?o atirando.
A pol?cia disparou g?s lacrimog?neo para dispersar os manifestantes que ocupavam as principais ruas do lado de fora dos shoppings e hot?is de luxo pr?ximos.
Muitas fam?lias com crian?as se reuniram na mesma ?rea para ver as luzes de Natal ao longo da avenida no distrito tur?stico Tsim Sha Tsui East, em Kowloon, o espetacular cen?rio da ilha de Hong Kong no lado oposto do porto.
Os protestos, agora em seu s?timo m?s, perderam parte da escala e intensidade de confrontos violentos anteriores. Uma manifesta??o pac?fica no in?cio deste m?s ainda atraiu 800 mil pessoas, segundo os organizadores, mostrando forte apoio ao movimento.
Dezenas de manifestantes vestidos de preto e m?scaras entoavam slogans como 'Revive Hong Kong, a revolu??o do nosso tempo' e 'Independ?ncia de Hong Kong' enquanto percorriam os shoppings.
'Muitas pessoas est?o comprando, por isso ? uma boa oportunidade para espalhar a mensagem e dizer ?s pessoas pelo que estamos lutando', disse Ken, um estudante de 18 anos.
'Lutamos pela liberdade, lutamos pelo nosso futuro.'
Em um shopping no distrito de Mong Kok, tamb?m na pen?nsula de Kowloon, a pol?cia usou spray de pimenta para dispersar alguns manifestantes, segundo a TV a cabo.
A Frente Civil dos Direitos Humanos, que organizou algumas das maiores marchas que envolveram mais de um milh?o de pessoas, se candidatou para realizar outra marcha no dia de Ano Novo.
A pol?cia prendeu mais de 6 mil pessoas desde que os protestos aumentaram em junho, incluindo um grande n?mero durante um cerco prolongado e violento na Universidade Polit?cnica de Hong Kong, em meados de novembro.
Muitos moradores de Hong Kong est?o zangados com o que consideram a intromiss?o de Pequim nas liberdades prometidas ? ex-col?nia brit?nica quando ela voltou ao dom?nio chin?s em 1997.
A China nega interfer?ncias e diz estar comprometida com a f?rmula 'um pa?s, dois sistemas', implementada na ?poca e culpou as for?as estrangeiras por fomentarem agita??es.
(Reportagem de Clare Jim, Marius Zaharia, Twinnie Siu, Mari Saito e James Pomfret)
Escrito por Reuters
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