Por trás da 'fachada de otimismo', BCE se preocupa com custo da guerra comercial, dizem fontes
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Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa
SINTRA (Reuters) - Por tr?s da fachada de otimismo , autoridades do Banco Central Europeu (BCE) est?o cada vez mais preocupadas que uma guerra comercial possa atrapalhar a recupera??o da zona do euro e dificultar sua sa?da do programa de est?mulo de anos, disseram fontes do banco central ? Reuters.
Houve uma estranha calma na reuni?o anual do BCE de membros e acad?micos no f?rum de refer?ncia do banco na cidade portuguesa de Sintra.
Poucos dias antes, o presidente do BCE, Mario Draghi, havia conseguido a grande fa?anha de anunciar o fim do programa de est?mulo do BCE, de 2,6 trilh?es de euros, mantendo o euro e o rendimento dos t?tulos sob controle.
No entanto, conversas com importantes membros e autoridades sugeriram que os temores crescentes de guerra comercial travada pelo governo norte-americano de Donald Trump contra seus principais parceiros comerciais estavam lan?ando uma sombra sobre a economia e a pr?pria pol?tica do BCE.
O protecionismo ter? impacto maior do que o estimado agora , disse uma das fontes. Reverter os est?mulos do BCE tamb?m ? um risco. N?o acho que tenha sido totalmente valorizado e os mercados v?o acordar um dia.
O BCE se recusou a comentar.
A extens?o das compras de t?tulos em 2019 n?o foi uma op??o realista, exceto um grande choque econ?mico.
Mas Draghi saiu do seu caminho na ter?a-feira para enfatizar que o BCE ser? prudente ao cronometrar seu primeiro aumento em oito anos no outono de 2019 (no hemisf?rio norte), e qualquer novo aumento ser? gradual .
E algumas fontes j? acreditavam que as novas previs?es econ?micas do BCE, reveladas recentemente, podem ser muito otimistas, j? que os indicadores de atividade futura continuam sendo decepcionantes.
Basta olhar para os principais indicadores: eles continuam surpreendendo no lado negativo , disse uma das fontes. H? uma fachada de otimismo nas previs?es.
O BCE j? espera que a economia da zona do euro desacelere nos pr?ximos tr?s anos, crescendo 2,1 por cento neste ano, 1,9 por cento no pr?ximo e 1,7 por cento em 2020.
Draghi enfatizou na semana passada que as previs?es n?o levaram em conta os efeitos das medidas comerciais que ainda n?o foram implementadas , prov?vel refer?ncia ?s tarifas dos EUA sobre a?o e alum?nio que entraram em vigor ap?s a data de corte das previs?es.
O risco de guerra comercial n?o pode ser quantificado e se os bancos centrais n?o puderem medir algo, preferem n?o falar sobre isso , acrescentou uma terceira fonte.
(Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa)
Escrito por Redação
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