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Por um preço, soldados venezuelanos fazem vista grossa em trilhas clandestinas para o Brasil

Placeholder - loading - Venezuelans walk along a trail into Brazil, at the border city of Pacaraima, Brazil, April 13, 2019. Picture taken April 13, 2019. REUTERS/Pilar Olivares - RC1F49B55510
Venezuelans walk along a trail into Brazil, at the border city of Pacaraima, Brazil, April 13, 2019. Picture taken April 13, 2019. REUTERS/Pilar Olivares - RC1F49B55510

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Por Anthony Boadle

PACARAIMA, Roraima (Reuters) - A ?nica passagem de fronteira oficial entre o Brasil e a Venezuela, em Pacaraima (RR), ficou fechada por semanas at? ser reaberta nesta sexta-feira, mas a pouco mais de um quil?metro e meio, um fluxo constante de imigrantes e traficantes continuou a cruzar o limite entre os dois pa?ses ? a um pre?o.

Todos os dias, centenas de venezuelanos subornam agentes de fronteira venezuelanos para entrar no Brasil por antigas trilhas ind?genas que cruzam o campo, de acordo com o relato de dezenas de migrantes e de dois ex-agentes da Guarda Nacional da Venezuela.

Muitos dos que usam as trilhas fogem da crise na terra natal em busca de uma vida melhor fora do pa?s. Outros est?o simplesmente querendo comprar comida, rem?dios e itens b?sicos n?o dispon?veis na Venezuela, disseram.

A ?nica passagem oficial entre os dois pa?ses foi fechada em fevereiro pelo presidente venezuelano Nicol?s Maduro com o objetivo de bloquear uma tentativa da oposi??o de trazer para o pa?s via Col?mbia e Brasil carregamentos de ajuda enviados pelos EUA. A passagem foi reaberta nesta sexta pelo governo venezuelano.

O l?der da oposi??o venezuelana Juan Guaid? tem pedido aos militares que derrubem Maduro, a quem chama de ditador, enquanto o governo em troca diz que Guaid? ? um fantoche de Washington e incentivador de um golpe.

Numa Venezuela com cerca de 25 por cento dos 30 milh?es de habitantes em necessidade de ajuda humanit?ria devido ao colapso econ?mico, de acordo com a Organiza??o das Na??es Unidas (ONU), as travessias ilegais na fronteira continuam a ser uma linha de vida para muitos venezuelanos.

Os imigrantes entrevistados pela Reuters disseram que os soldados da Guarda Nacional da Venezuela tiraram vantagem do fechamento da fronteira, cobrando 50 reais por carro na passagem paralela. A tarifa ? maior para os ve?culos que voltam cheios com arroz, farinha e a??car, contaram.

Os que n?o t?m o dinheiro para bancar a passagem ilegal devem percorrer trilhas ainda mais longas, carregando sua bagagem a p? por at? seis horas numa ?rdua caminhada testemunhada pela Reuters.

?Usando uniformes venezuelanos, eles exigem dinheiro descaradamente at? para a passagem a p?. Eles est?o se aproveitando?, disse Yeral Garate enquanto esperava, junto com cinco outros imigrantes famintos, o arroz cozinhar em uma fogueira na trilha, j? em territ?rio brasileiro.

O governo da Venezuela e a Guarda Nacional, a cargo do controle de fronteira, n?o responderam os pedidos de coment?rio.

Maduro disse no passado que as cr?ticas aos militares est? ligada aos esfor?os da oposi??o para macular as For?as Armadas.

Mais de 3,4 milh?es de venezuelanos deixaram o pa?s desde 2015 devido ? crise pol?tica e econ?mica, de acordo com a ONU. Garate disse que a falta de comida e medicamentos, os sal?rios miser?veis e as pol?ticas ?catastr?ficas? de Maduro o fizeram fugir do pa?s.

((Tradu??o Reda??o S?o Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES

Escrito por Redação

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