Portugueses vão às urnas e Partido Socialista, do primeiro-ministro, é favorito

Por Catarina Demony e Victoria Waldersee

LISBOA (Reuters) - Portugueses come?aram a votar neste domingo em uma elei??o que o Partido Socialista, do primeiro-ministro Ant?nio Costa, deve vencer sem maioria absoluta, deixando o destino de poss?veis aliados como a principal quest?o.

Pesquisas de opini?o indicam que os Socialistas ficam no topo com 36,5% a 38,8% dos votos, mas ir?o precisar de apoio de um ou mais partidos para permanecer no governo. O governo de minoria de Costa tem sido apoiado por dois partidos da extrema-esquerda desde 2015.

'A principal pergunta ? se teremos nossas m?os atadas', disse Costa durante com?cio na sexta-feira. 'Precisamos ter for?a para garantir quatro anos de estabilidade e para n?o sermos um governo de curto prazo'.

O governo de Costa tem sido elogiado pela Uni?o Europeia e em Portugal por combinar disciplina fiscal com medidas para promover crescimento, ap?s recess?o e a austeridade da crise portuguesa de 2010 a 2014.

'Voto em Costa novamente. Ele fez bem por n?s. Ele representou o povo, defendeu o povo, e s? posso esperar que ele fa?a mais do mesmo se ganhar', disse F?tima Abreu, de 81 anos, em ponto de vota??o no centro de Lisboa na manh? deste domingo.

Luis Alberto Lopes Braz?o, de 46 anos, concordou. 'Sou de uma fam?lia pobre e estou lutando... Mas confio neste governo', disse ap?s votar no Partido Socialista.

Mas depois de uma s?rie de esc?ndalos, desde uma disputa sobre nepotismo at? o suposto envolvimento de um ex-ministro no encobrimento do ex?rcito pelo roubo de armas de uma base militar, outros eleitores disseram que era hora de mudar.

'Os ?ltimos quatro anos n?o foram ?timos para mim. ? o mesmo de 2009 durante a crise', disse Adriano Macedo, coletor de lixo de 66 anos, que votou no social-democrata de centro-direita (PSD), principal partido da oposi??o.

'Os pol?ticos dizem que est? tudo bem, mas se est? bem, ? apenas para eles.. n?o recebo um aumento salarial desde 2009'.

(Reportagem adicional de Miguel Pereira)