Premiê da Nova Zelândia promete endurecer controle de armas após massacre

Por Charlotte Greenfield e Tom Westbrook

CHRISTCHURCH (Reuters) - A primeira-ministra da Nova Zel?ndia, Jacinda Ardern, disse nesta segunda-feira que anunciar? novas leis de controle de armas em alguns dias, depois que um atirador solit?rio matou 50 pessoas em um atentado a tiros em duas mesquitas da cidade de Christchurch.

O australiano Brenton Tarrant, supostamente um supremacista branco de 28 anos, foi acusado de assassinato no s?bado. Tarrant foi mantido em cust?dia sem se manifestar e deve voltar ao tribunal em 5 de abril, quando a pol?cia disse que provavelmente enfrentar? mais acusa??es.

'Passados 10 dias deste ato de terrorismo horr?vel, teremos anunciado reformas que, acredito, tornar?o nossa comunidade mais segura', disse Jacinda, em uma coletiva de imprensa, depois que seu gabinete concordou em princ?pio com decis?es sobre leis de reformula??o do controle de armas na esteira do pior massacre a tiros da hist?ria da Nova Zel?ndia.

Al?m das 50 pessoas mortas, dezenas ficaram feridas nas duas mesquitas da cidade da Ilha Sul durante as preces de sexta-feira.

O propriet?rio da loja de armas Gun City, David Tipple, disse que o suposto atirador comprou quatro armas e muni??o legalmente pela internet entre dezembro de 2017 e mar?o de 2018, mas que n?o lhe vendeu a arma de grande pot?ncia que usou nos ataques.

'A MSSA, autom?tica de estilo militar, que se relatou ter sido usada pelo suposto atirador n?o foi comprada da Gun City. A Gun City n?o lhe vendeu uma MSSA, s? armas de fogo de categoria A', disse Tipple em uma coletiva de imprensa em Christchurch.

Pelas leis neo-zelandesas, armas de categoria A podem ser semiautom?ticas, mas limitadas a sete tiros.

Uma transmiss?o ao vivo do ataque em uma das mesquitas mostrou uma arma semiautom?tica com um pente grande.

Tipple disse apoiar a decis?o da premi? de reformar as leis de armas, j? que o massacre de Christchurch provocou questionamentos leg?timos.

Jacinda n?o detalhou as novas leis, mas disse que apoia a proibi??o de armas semiautom?ticas depois dos ataques.

A Austr?lia adotou algumas das leis de controle de armas mais r?gidas do mundo depois de seu pior ataque a tiros em massa, o massacre de Port Arthur de 1996, em que um atirador solit?rio matou 35 pessoas usando um AR-15 semiautom?tico --a mesma arma usada na carnificina de Christchurch.

A R?dio Nova Zel?ndia disse em uma reportagem baseada em dados da pol?cia que mais de 99 por cento das pessoas que pediram portes de arma em 2017 foram atendidas.

(Reportagem adicional de John Mair e Praveen Menon em Wellington)