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Vale diz que contatou 100 dos 300 funcionários atingidos por tragédia

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O diretor-presidente da Vale , Fabio Schvartsman, afirmou nesta sexta-feira que a empresa j? contatou cerca de 100 dos 300 funcion?rios pr?prios ou terceirizados que foram atingidos pelo desabamento de um complexo de barragens em Brumadinho, em Minas Gerais, nesta sexta-feira.

A informa??o ? pr?xima de n?mero divulgado pelo Corpo de Bombeiros, que mais cedo apontou 200 desaparecidos mas mais tarde reduziu o n?mero para cerca de 150.

Schvartsman disse ainda que empresa n?o sabe quantos funcion?rios foram soterrados pela lama da barragem da mina de ferro Feij?o.

'Estamos falando de uma quantidade prov?vel grande de v?timas, n?o sabemos quantas s?o, mas sabemos que ser? um n?mero grande', disse o presidente da Vale.

A barragem estava em processo de descomissionamento e j? n?o vinha recebendo rejeitos de minera??o nos ?ltimos tempos, segundo Schvartsman.

O executivo, que disse estar 'dilacerado' pelo acidente, acrescentou que a companhia foi surpreendida com a trag?dia, uma vez que testes recentes na barragem demonstraram normalidade.

'A maioria dos atingidos s?o nossos pr?prios funcion?rios, n?s t?nhamos no momento do acidente aproximadamente 300 funcion?rios, pr?prios e terceiros trabalhando naquele local. N?s n?o sabemos quantos foram acidentados porque houve um soterramento pelo produto vazado da barragem', disse ele, em entrevista a jornalistas.

'? tamb?m importante que a gente saiba que essa ? uma barragem inativa, h? mais de tr?s anos ela n?o opera e ela estava em processo de descomissionamento...', acrescentou.

Ele explicou que a surpresa da companhia com a trag?dia, deve-se a atestados de auditorias externas, feitas por empresas especializadas, que citavam estabilidade do complexo.

A empresa criou um comit? de ajuda humanit?ria para prestar assist?ncia aos atingidos pelo rompimento da barragem e mobilizou cerca de 40 ambul?ncias na regi?o.

Segundo informa??es da Vale, o Complexo de Paraopeba, onde est? a mina de Feij?o, produziu em 2017 cerca de 26 milh?es de toneladas de min?rio ferro, representando 7 por cento da produ??o da Vale naquele ano. Al?m de Feij?o, o complexo tem outras tr?s minas, uma jazida e duas usinas de beneficiamento.

Schvartsman disse que uma ?nica barragem do complexo se rompeu. Segundo ele, 'uma segunda barragem transbordou, porque parte do vazamento se dirigiu a essa segunda barragem e houve um transbordamento, mas ela n?o rompeu'.

O Minist?rio de Meio Ambiente, por?m, afirmou mais cedo que tr?s barragens do complexo se romperam.

Schvartsman disse que '? prov?vel' que as sirenes de alerta de rompimento tenham funcionado, mas a velocidade com que o acidente ocorreu impediu que o alerta evitasse uma trag?dia maior.

Comparando com o rompimento de barragem de Fund?o, em Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos, o presidente da Vale disse que 'possivelmente o dano ambiental dessa vez ser? menor. Como era uma barragem inativa, o material dentro da barragem j? era razoavelmente seco e consequentemente n?o tem esse poder de se deslocar por longas regi?es. A parte ambiental deve ser muito menor e a trag?dia humana terr?vel.'

(Por Marta Nogueira)

Escrito por Redação

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