Previdência não é suficiente para equilíbrio fiscal ou revisão de rating, alerta Fitch
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S?O PAULO (Reuters) - A reforma da Previd?ncia ? decisiva para o equil?brio fiscal brasileiro mas n?o ? suficiente para estabilizar o endividamento ou levar a uma revis?o de rating positiva do pa?s, alertou nesta quinta-feira o diretor-executivo da ag?ncia de classifica??o Fitch Ratings no Brasil, Rafael Guedes.
'Falamos que a reforma previdenci?ria ? a mais importante, ? a m?e das reformas, mas de maneira nenhuma ? suficiente para levar o Brasil a um patamar de estabiliza??o do seu endividamento ou at? mesmo a uma revis?o de rating positiva', disse ele durante evento da Fitch em S?o Paulo.
'A reforma previdenci?ria ? extremamente importante, mas temos que fazer mais reformas. Ela ? somente o come?o de uma agenda que tem que ser perseguida, seja por esse ou qualquer governo', completou.
A ?ltima a??o de rating da ag?ncia para o Brasil foi em 1? de agosto de 2018, quando reafirmou a nota atribu?da ao Brasil em 'BB-', com perspectiva est?vel.
Com essa nota, o pa?s est? tr?s degraus abaixo da faixa chamada de grau de investimento, considerada de baixo risco.
Para a diretora s?nior do Grupo Soberano da Fitch para Am?rica Latina, Shelly Shetty, incertezas e divis?es no Congresso s?o obst?culos em um momento delicado para a economia do pa?s.
'Dados recentes mostram que o crescimento do Brasil n?o decolou, e o principal risco para o desempenho econ?mico ? a decep??o com agenda de reformas', disse ela em v?deo mostrado durante o evento.
'A agenda de reformas ? positiva, mas incertezas sobre o momento e a fragmenta??o do Congresso s?o obst?culos', completou.
Shelly ainda destacou que o Brasil passa por recupera??o moderada em um contexto de forte recess?o, e que a expectativa da ag?ncia ? de expans?o abaixo de 2% neste ano.
As proje??es de crescimento para o Brasil v?m sofrendo sucessivas redu??es. A mais recente pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC junto a uma centena de economistas mostrou que a estimativa para a atividade neste ano ? de crescimento de 1,45 por cento, mas alguns analistas j? veem uma taxa abaixo de 1%.
O ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou em audi?ncia p?blica na Comiss?o Mista de Or?amento (CMO) do Congresso que a proje??o de crescimento do governo para a economia neste ano caiu para 1,5%. Por enquanto, o governo estima oficialmente alta de 2,2% do PIB.
(Reportagem de Gabriela Mello)
Escrito por Redação
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