Previdência tem maioria artificial na comissão; votação no colegiado depende de apoio à reforma no plenário
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Por Maria Carolina Marcello
BRAS?LIA (Reuters) - A reforma da Previd?ncia j? tem votos para ser aprovada na comiss?o especial, mas essa maioria ? artificial, afirmou uma importante lideran?a da C?mara, raz?o pela qual sua vota??o no colegiado precisa estar atrelada ? garantia de apoio ? proposta no plen?rio da Casa.
Segundo essa lideran?a, que pediu para n?o ser identificada, o presidente da C?mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), errou ao pressionar pela antecipa??o da apresenta??o do parecer na comiss?o especial, sob o argumento de que n?o adianta votar a reforma no colegiado sem ter no m?nimo 308 votos para aprov?-la em dois turnos de vota??o no plen?rio.
Para esse parlamentar, integrante de um partido do chamado campo do centro, a maioria de votos estimada na comiss?o pode ser modificada a depender da evolu??o da rela??o entre o governo e o Congresso.
Os ataques ? classe pol?tica principalmente por parte do governo, partid?rios e at? mesmo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro chegaram ao limite e precisam cessar, argumenta essa lideran?a.
?O governo n?o vai conseguir aprovar a reforma com votos do PT, do PSB ou do PSOL?, disse a fonte. ?Vai precisar dos partidos de centro?, alertou.
Ao mesmo tempo, explica que os parlamentares encontram-se entre a cruz e a espada. Se no ambiente virtual, s?o alvo de governistas, na vida real sofrem press?o em suas bases contra pontos da reforma da Previd?ncia.
?O deputado vai escolher apanhar de quem??, questionou, respondendo que a prefer?ncia geral tem sido a de cultivar a imagem com os eleitores nos Estados.
BUSCA DE APOIO
Uma segunda fonte consultada pela Reuters explicou que a inten??o de Maia, ao pedir a antecipa??o do parecer, n?o se referia a um adiantamento formal do calend?rio, mas a uma discuss?o pr?via justamente para a produ??o de um relat?rio que tenha mais chance de obter apoio.
Isso n?o significaria, no entanto, que o prazo de tramita??o da proposta ser? encurtado. Pelo contr?rio, os dois parlamentares n?o arriscam falar em uma data de vota??o no plen?rio.
?Vai depender?, disse a segunda fonte.
Nesta quarta, Maia afirmou que n?o quis atropelar os prazos da comiss?o especial da reforma da Previd?ncia ao sugerir, na v?spera, que o relator da mat?ria, Samuel Moreira (PSDB-SP), apresente seu texto antes de 15 de junho, previs?o inicial da comiss?o.
Em entrevista ? Reuters na ter?a, o presidente da comiss?o, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que a tend?ncia ? de o parecer ser votado pelo colegiado somente na primeira semana de julho.
Estimativa inicial de Maia previa que o texto j? pudesse estar no plen?rio no in?cio de julho.
Escrito por Redação
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