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Previsões sombrias para Davos: excesso de crises, mas escassez de líderes mundiais

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Por Silvia Aloisi

MIL?O (Reuters) - Uma gama de diferentes crises manter? diversos l?deres mundiais longe do F?rum Econ?mico Mundial de Davos na pr?xima semana, que ser? realizado em meio a um crescente pessimismo com a economia global e as perspectivas pol?ticas.

As expectativas em torno de disputas comerciais, rela??es internacionais tensas, o Brexit e uma desacelera??o do crescimento global que alguns temem ser capaz de levar a uma recess?o mundial devem dominar o encontro, que ocorre entre os dias 22 e 25 de janeiro, deixando o clima carregado.

O relat?rio de riscos globais do pr?prio F?rum, divulgado nesta semana, deu o tom do encontro ao alertar sobre os ventos contr?rios que se aproximam na economia, em parte devido a tens?es geopol?ticas entre grandes pot?ncias.

Cerca de 3 mil l?deres de empresas, governos e da sociedade civil devem se reunir no resort de esqui coberto de neve, mas entre eles haver? apenas tr?s l?deres do G7, grupo composto pelos sete pa?ses mais industrializados do mundo: o primeiro-ministro do Jap?o, Shinzo Abe, a chanceler alem?, Angela Merkel, e o premi? italiano, Giuseppe Conte.

Donald Trump, que no ano passado roubou os holofotes em Davos com a rara apari??o de um presidente norte-americano em exerc?cio, cancelou sua participa??o devido aos problemas decorrentes da paralisa??o parcial do governo dos EUA.

Seu hom?logo franc?s, Emmanuel Macron, tamb?m n?o ir? ao encontro pois precisa lidar com os protestos dos ?coletes amarelos?, enquanto a premi? brit?nica, Theresa May, encontra-se em uma batalha para encontrar uma solu??o para o Brexit.

Fora dos G7, os l?deres de R?ssia e ?ndia n?o prestigiar?o Davos, enquanto a China --cujo presidente Xi Jinping foi o primeiro l?der chin?s a comparecer ? c?pula, em 2017, quando fez uma defesa vigorosa do livre com?rcio-- enviar? o vice.

Com isso, o papel de tranquilizar l?deres empresariais deve ficar a cargo de personalidades como o secret?rio do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e seu hom?logo brit?nico, Philip Hammond, bem como o vice-presidente chin?s, Wang Qishan, e uma s?rie de chefes de bancos centrais.

?Davos vai ser dominada por um n?vel alto de ansiedade sobre os mercados de a??es, a desacelera??o do crescimento e a pol?tica internacional?, disse Nariman Behravesh, economista-chefe da IHS Markit.

?A presen?a de lideran?as vai ser menor que no ano passado, mas aqueles que v?o, de Mnuchin a chefes de bancos centrais e Abe, v?o tentar transmitir uma no??o de confian?a e acalmar os nervos de homens de neg?cios e investidores.?

Como observadora de Davos, ela disse que a aus?ncia dos principais l?deres neste ano n?o significa que o F?rum perdeu seu apelo como plataforma global para pol?ticos de alto n?vel apresentarem sua agenda.

O baixo comparecimento entre os principais l?deres ocidentais pode tamb?m dar maior destaque a personagens pol?ticos que de outra maneira poderiam n?o aparecer tanto.

Davos ser? a primeira viagem internacional importante do presidente Jair Bolsonaro, eleito em meio a uma onda de nacionalismo conservador e anti-establishment tamb?m vista em outros pa?ses.

No Twitter, Bolsonaro disse que apresentar? ?um Brasil diferente, livre das amarras ideol?gicas e corrup??o generalizada?.

(Reportagem adicional de Yawen Chan, em Pequim; Kaori Kaneko, Tetsushi Kajimoto e Linda Sieg, em T?quio; Tom Miles, em Genebra; Dmitry Zhdanikov, em Londres; e Anthony Boadle, em Bras?lia)

Escrito por Redação

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