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Produção da Petrobras recua no 2º tri; CEO vê aumento em 2019

Placeholder - loading - Roberto Castello Branco, CEO da Petrobras  25/07/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Roberto Castello Branco, CEO da Petrobras 25/07/2019 REUTERS/Amanda Perobelli

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Por Luciano Costa e Marta Nogueira

S?O PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras apontou queda de 0,5% da produ??o de petr?leo e LGN no Brasil no segundo trimestre, ante um ano antes, e reduziu sua meta para o ano, em meio ? venda de ativos, redu??o da produ??o em campos maduros e manuten??o em plataformas, apesar de um avan?o de 17% nas importantes ?reas do pr?-sal.

Em seu primeiro relat?rio de produ??o e vendas, a petroleira reportou na madrugada desta sexta-feira produ??o dom?stica de 2,052 milh?es de barris de petr?leo e LGN por dia entre abril e junho. O montante, por?m, foi 4,1% superior ao dos tr?s primeiros meses deste ano.

J? a produ??o total de petr?leo, LGN e g?s natural somou 2,63 milh?es de barris de ?leo equivalente/dia (boed), alta de 3,8% ante o primeiro trimestre, mas recuo de 1% na compara??o anual.

'Apesar do aumento da produ??o em rela??o ao primeiro trimestre, os resultados foram inferiores aos inicialmente previstos', afirmou a estatal, apontando para uma revis?o de suas metas de produ??o.

Com isso, a petroleira, que previu anteriormente aumento de 3,7% na produ??o total deste ano, agora apontou uma estabilidade ante 2018, a 2,7 milh?es de boed, com uma varia??o de 2,5% para mais ou para menos.

Do lado otimista, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse ? Reuters que acredita em um aumento da produ??o.

'A nossa expectativa ? crescer (a produ??o) neste ano ante ano passado e crescer mais no ano que vem; o pr?-sal ? nossa grande fonte de crescimento com custo baixo de extra??o', afirmou o executivo, antes de um evento no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira.

J? a produ??o de petr?leo da companhia, no Brasil e no exterior, dever? atingir 2,1 milh?es barris por dia, tamb?m com varia??o de 2,5% para cima ou para baixo.

A Petrobras n?o havia publicado uma meta de produ??o de petr?leo total, apenas para o Brasil, que era de 2,3 milh?es de barris por dia.

As a??es preferenciais da empresa operavam em queda de mais de 2% perto das 15h, enquanto o Ibovespa subia 0,18%.

Apesar da revis?o da meta, o Goldman Sachs disse em nota a clientes que manteve vis?o positiva sobre as a??es da companhia.

'Embora as not?cias de hoje tragam algum risco de queda para nossas estimativas de 2019 devido ao atraso no aumento da produ??o em algumas plataformas no campo de B?zios, tais atrasos provavelmente n?o alterar?o as perspectivas de produ??o para 2020 e depois', escreveram os analistas do GS.

QUEST?ES OPERACIONAIS

Apesar da entrada de sete novos sistemas de produ??o em 2018 e 2019, nos campos de B?zios e Lula, no pr?-sal, e Tartaruga Verde, no p?s-sal, a Petrobras teve uma produ??o quase est?vel ante o ano passado.

Isso deve-se principalmente ? venda de 25% do campo de Roncador e dos ativos da Petrobras America, cujo efeito resultou em uma redu??o de produ??o de 72 mil boed, ?s paradas de manuten??o e ao decl?nio de produ??o dos campos maduros do p?s-sal.

A companhia detalhou que as plantas de g?s dos novos sistemas de produ??o de B?zios levaram mais tempo para comissionamento do que nas plataformas do campo de Lula, 'devido ? sua maior complexidade', o que postergou a entrada de novos po?os produtores, resultando em produ??o em B?zios 180 mil boed abaixo do previsto em junho.

Al?m disso, houve parada n?o programada de 14 dias no FPSO Cidade de Mangaratiba, no Campo de Lula, 'para corre??o no sistema de desidrata??o de g?s que impactou em 60 Mboed a produ??o de junho', explicou a Petrobras.

A empresa ressaltou que a meta revisada para 2019 ? suportada pela resolu??o dos problemas citados, 'que j? resultaram em melhora operacional em julho', com a produ??o m?dia voltando ao patamar de 2,7 milh?es boed e com as perspectiva de entrada de novos po?os em B?zios.

'Vale ressaltar que todos os po?os para o ramp-up das novas plataformas j? est?o perfurados e os recursos necess?rios (como sondas, barcos de apoio, linhas e equipamentos submarinos) para entrada em opera??o est?o contratados', afirmou.

A Petrobras destacou ainda que a produ??o operada nos campos do pr?-sal atingiu novo recorde mensal de 2,07 milh?es de boed, com novo recorde di?rio de 2,21 milh?es boed no final de junho. Os campos do pr?-sal foram respons?veis por 57% da produ??o de ?leo no trimestre.

'Esse aumento da representatividade do pr?-sal no portf?lio est? em linha com nossa estrat?gia de concentrar esfor?os em ativos que geram maior retorno... A implanta??o e a boa performance das novas plataformas... s?o fatores cr?ticos de sucesso para o crescimento da produ??o dos pr?ximos anos', destacou a companhia.

A Petrobras ainda reiterou a previs?o de entrada em produ??o da plataforma P-68 para 2019 e da unidade P-70 para 2020.

REFINO

Na ?rea de refino, a carga processada atingiu 1,7 milh?o de barris por dia, queda de 5,7% ante o mesmo per?odo do ano passado e alta de 2% em rela??o ao primeiro trimestre.

O aumento ante o primeiro trimestre do ano ocorreu em meio a menos paradas de manuten??o, al?m da maior demanda de derivados no mercado brasileiro, disse a estatal.

As vendas de diesel, combust?vel mais comercializado no mercado brasileiro, somaram 732 mil barris por dia, alta de 4,9% frente ao primeiro trimestre e de 3,3% na compara??o com mesmo trimestre de 2018.

O relat?rio da Petrobras tamb?m trouxe dados de vendas, apontando recuo na comercializa??o de gasolina no mercado brasileiro tanto na compara??o trimestral quanto anual.

A estatal comercializou 367 mil barris por dia de gasolina no segundo trimestre, queda de 4,7% frente ao per?odo entre janeiro e mar?o e de 12,4% na compara??o com mesmo trimestre de 2018.

'As vendas no mercado brasileiro no trimestre foram menores que no primeiro devido ao aumento da competitividade do etanol hidratado frente ? gasolina, em fun??o do in?cio da safra de cana no centro-sul, que resulta na queda dos pre?os de etanol, favorecendo seu consumo em alguns estados', disse a empresa.

As importa??es de gasolina por terceiros se mantiveram em patamar semelhante entre os trimestres fazendo com que o market share se reduzisse de 80,4% para 79,7%.

(Com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)

Escrito por Redação

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