Protestos no Chile continuam apesar de reforma ministerial; manifestantes convocam novos atos
Publicada em
Por Dave Sherwood e Fabian Cambero
SANTIAGO (Reuters) - O g?s lacrimog?neo permanecia no ar no centro de Santiago, nesta ter?a-feira, enquanto chilenos seguiam para o trabalho, ap?s outra noite de tumultos na capital do Chile, em um sinal de que a reforma ministerial feita pelo presidente Sebastian Pi?era ainda ? insuficiente para acalmar os manifestantes.
V?ndalos encapuzados surgiram repentinamente na noite de segunda-feira, ap?s um dia de protestos pac?fico, causando destrui??o em muitas ruas do centro e provocando o caos em meio a caminh?es de bombeiros, uma multid?o de manifestantes batendo panelas e intensa fuma?a preta.
A nova porta-voz de Pi?era, Karla Rubilar, condenou a viol?ncia, dizendo que n?o reflete os desejos da maioria.
Mais de 1 milh?o de chilenos marcharam pacificamente contra a desigualdade em Santiago na ?ltima sexta-feira, no maior protesto desde o retorno do Chile ? democracia em 1990.
'Estamos falando de 6.500 pessoas que pensam que podem dominar Santiago, mas vamos encontr?-las', disse Rubilar a rep?rteres, descartando o retorno a um estado de emerg?ncia na capital.
Os tumultos no Chile continuam a ocorrer ap?s uma semana de protestos contra a desigualdade, nos quais pelo menos 17 pessoas foram mortas. Milhares de manifestantes foram presos, segundo o Minist?rio P?blico, e as empresas chilenas tiveram preju?zo de mais de 1,4 bilh?o de d?lares. O metr? da cidade sofreu danos equivalentes a quase 400 milh?es de d?lares.
Pilar Zofoli, uma professora de 30 anos, disse que a viol?ncia e a destrui??o em espa?os e servi?os p?blicos est?o tornando a vida ainda pior para a classe trabalhadora de Santiago.
'Eu apoio essa causa, mas n?o gosto do jeito que as coisas est?o indo', disse ela. 'No final, isso nos afeta, n?o os ricos.'
Com a popularidade de Pi?era em seu n?vel mais baixo de todos os tempos, os chilenos voltaram ?s redes sociais para convocar mais uma rodada de marchas para esta ter?a-feira ? tarde. Muitas escolas, shopping centers e empresas disseram que planejam fechar mais cedo.
Na semana passada, os protestos j? haviam levado Pi?era, um bilion?rio de centro-direita que derrotara a oposi??o de esquerda nas elei??es de 2017, a prometer mudan?as favor?veis ??aos trabalhadores. Ele garantiu aumentar o sal?rio m?nimo e as aposentadorias, diminuir os pre?os dos rem?dios e do transporte p?blico, al?m de estabelecer um sistema de sa?de adequado.
O Chile, maior produtor mundial de cobre, h? muito se orgulha de ser uma das economias mais pr?speras e est?veis da Am?rica Latina, com baixos n?veis de pobreza e desemprego. Mas a desigualdade e o crescente custo de vida t?m mobilizado a popula??o.
Escrito por Reuters
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