Próxima rodada de tarifas em disputa comercial EUA-China deve ser em mais de 30 dias, diz Mnuchin
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Por Jason Lange e Michael Martina
WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - Os Estados Unidos v?o demorar ao menos um m?s para aprovar as tarifas propostas de 300 bilh?es de d?lares sobre importa??es chinesas, enquanto estudam o impacto sobre os consumidores, afirmou nesta quarta-feira o secret?rio do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.
Os EUA elevaram as tarifas existentes de 200 bilh?es de d?lares em produtos chineses de 10% para 25%, o que levou os chineses a retaliarem com tarifas sobre as importa??es americanas, enquanto as negocia??es para encerrar uma guerra comercial de 10 meses entre as duas maiores economias do mundo estagnaram.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abra?ou o protecionismo como parte da agenda 'Am?rica Primeiro', destinada a reequilibrar o com?rcio global, amea?ou subir as tarifas para at? 25% em uma lista adicional de importa??es chinesas no valor de 300 bilh?es de d?lares.
'N?o haver? nenhuma decis?o provavelmente por mais 30 ou 45 dias', disse Mnuchin em uma audi?ncia perante o Comit? de Servi?os Financeiros da C?mara dos Representantes.
Uma janela de 30 dias representaria um cronograma acelerado em compara??o ?s rodadas anteriores de tarifas dos EUA e significaria que o pr?ximo lote de taxas estaria pronto quando Trump se encontrar com o presidente chin?s, como esperado, em uma c?pula de l?deres do G20 no Jap?o em 28/29 de junho.
Mnuchin disse que o governo Trump est? aberto a manter novas negocia??es com a China se os dois lados puderem prosseguir com base em negocia??es anteriores.
Nenhuma negocia??o entre os principais negociadores chineses e norte-americanos foi marcada desde o fim dos dois dias de discuss?es em Washington, em 10 de maio, no mesmo dia em que Trump imp?s as maiores taxas sobre os produtos chineses.
O principal diplomata do governo chin?s, Wang Yi, disse nesta quarta-feira que a porta da China estar? sempre aberta a futuras negocia??es comerciais com os Estados Unidos, mas acrescentou que Pequim n?o aceitar? acordos desiguais.
A briga entre os dois pa?ses se intensificou desde a semana passada, quando o governo dos EUA colocou a empresa chinesa de equipamentos de telecomunica??es Huawei [HWT.UL] em uma lista que veta o acesso da Huawei a componentes fabricados nos Estados Unidos.
A medida ? um golpe potencialmente devastador para a empresa que sacudiu cadeias de fornecimento de tecnologia e investidores.
Embora a China n?o tenha dito se, ou como, pode retaliar as medidas contra a Huawei, a m?dia estatal adotou um tom cada vez mais estridente e nacionalista e prometeu que Pequim n?o se curvar? ? press?o dos EUA.
A situa??o internacional ? cada vez mais complexa, e a China ter? que superar grandes riscos e desafios, afirmou a ag?ncia de not?cias Xinhua, parafraseando Xi, em uma viagem ? prov?ncia de Jiangxi, no sul da China, ber?o da revolu??o comunista no pa?s.
'Devemos estar conscientes da natureza complexa e de longo prazo de v?rios fatores desfavor?veis no pa?s e no exterior, e nos preparar adequadamente para v?rias situa??es dif?ceis', disse Xi.
A mat?ria n?o elaborou essas dificuldades e n?o mencionou diretamente a guerra comercial ou os Estados Unidos.
Empresas dos EUA declararam em uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira que est?o enfrentando retalia??o na China por causa da guerra comercial.
A pesquisa tamb?m mostrou que 40,7% dos entrevistados estavam considerando ou haviam realocado instala??es de fabrica??o para fora da China. Dos quase 250 entrevistados na pesquisa, realizada ap?s a ?ltima rodada de tarifas dos EUA e da China, quase tr?s quartos disseram que as taxas estavam prejudicando sua competitividade.
'A ideia n?o ? ter tarifas, a ideia ? que ela (China) trate nossas empresas de forma justa', disse Mnuchin aos congressistas norte-americanos, acrescentando que o governo Trump estava 'muito concentrado' no impacto sobre os agricultores norte-americanos.
Escrito por Redação
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