Quem vencer eleição terá que conversar com todos setores para poder governar, diz Haddad

BRAS?LIA (Reuters) - O candidato do PT ? Presid?ncia, Fernando Haddad, novamente abriu brechas para conversas com rivais, ainda na elei??o ou no caso de eleito, e afirmou nesta segunda-feira que o vencedor dessas elei??es presidenciais ter? que conversar com todos os segmentos da sociedade para conseguir governar.

'N?o vamos resolver tudo no dia 7 ou 28 de outubro. ?s vezes eu vejo a? candidato dizendo 'eu vou sair muito forte (da elei??o) e vou aprovar tudo em tr?s meses'. N?o vai acontecer isso, n?o ocorrer?', disse o petista em conversa com blogueiros de sites considerados mais alinhados com a esquerda.

'O que vai acontecer que ? quem ganhar vai ter que vir 'piano' conversar com as pessoas, recompor, retecer, vai ter um trabalho a? de costurar, de cerzir um tecido que foi esgar?ado. Porque foi o que aconteceu na sociedade brasileira', disse Haddad.

Os candidatos do PDT, Ciro Gomes, e do PSDB, Geraldo Alckmin j? disseram que pretendem usar a for?a das urnas para aprovar todas as suas principais propostas nos primeiros seis meses de governo.

'Vamos ter que reconstruir at? no imagin?rio das pessoas alguma confian?a no sistema pol?tico', disse Haddad, defendendo ainda que o pr?ximo presidente precisar? ser uma pessoa 'paciente, detalhista, controlada, disciplinada e tamb?m determinada'.

Haddad voltou a falar de uma poss?vel alian?a de centro-esquerda para o segundo turno e fala com otimismo de ter uma candidatura de centro-esquerda, seja sua ou de Ciro, no segundo turno.

'Dois anos atr?s eu duvidava que pud?ssemos ter um candidato de centro-esquerda no segundo turno. Agora vamos ter ali algu?m disputando voto a voto', afirmou.

Haddad voltou a criticar Jair Bolsonaro (PSL) e disse que o pa?s est? em uma encruzilhada hist?rica, onde de um lado est?o os direitos e do outro, amea?as de uma ditadura em suas 'formas contempor?neas'.

Ainda assim, disse o petista, o partido n?o pode desconsiderar os eleitores de Bolsonaro e precisa abrir brechas para um di?logo.

'Temos tamb?m que dialogar com o eleitorado do Bolsonaro. N?o podemos dar de barato que esse eleitorado n?o ? nosso. Pode estar faltando conversa, argumento, di?logo', defendeu.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)