Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Retorno do peronismo na Argentina cria incertezas no cinturão agrícola do país

Placeholder - loading - REUTERS/Agustin Marcarian
REUTERS/Agustin Marcarian

Publicada em  

Por Hugh Bronstein

SALADILLO, Argentina (Reuters) - H? um ditado popular entre fazendeiros dos Pampas argentinos para se referir a tempos dif?ceis: 'Retire a sela do cavalo at? o sol sair.' A frase tem come?ado a ecoar em cidades agr?colas como Saladillo depois da vit?ria dos peronistas nas elei??es presidenciais do pa?s no domingo.

A cidade que produz soja, milho e gado no cintur?o agr?cola da prov?ncia de Buenos Aires foi um basti?o de apoio ao presidente Mauricio Macri, visto localmente como um messias dos livres mercados quando eleito em 2015, ap?s oito anos de protecionismo econ?mico e populismo.

Os fazendeiros 'colocaram as celas' quando Macri foi eleito, aumentando o plantio em n?veis recorde ap?s o presidente ter retirado pesados controles comerciais e limites ? exporta??o estabelecidos pela antecessora Cristina Fern?ndez de Kirchner sobre o milho e o trigo.

Agora, ela est? de volta como vice do presidente eleito Alberto Fern?ndez, que assumir? o cargo em dezembro, e h? muitas d?vidas sobre quais ser?o suas pol?ticas para o setor agr?cola, a principal fonte de d?lares da Argentina.

Ao redor de Saladillo, uma cidade totalmente voltada ao agroneg?cio, produtores e comerciantes disseram acreditar que Fern?ndez provavelmente aumentar? impostos de exporta??o de gr?os, o que afetaria seus lucros. Alguns temem um retorno total ?s pol?ticas de Cristina Kirchner, que inclu?ram limites estritos de exporta??o durante seus mandatos(2007-2015).

'Se isso acontecer de novo, eu vou produzir o m?nimo para sobreviver. 'Retirar a sela', em outras palavras, at? que o mercado volte. N?s j? fizemos isso antes. Podemos fazer de novo se preciso', disse Eduardo Bell, 63 anos, que tem uma fazenda de 2 mil hectares e produz gado.

Mas, apesar da popularidade em Saladillo, a imagem de Macri foi abalada em todo o pa?s devido ? alta infla??o e ? recess?o. Ele chegou ao poder com promessas de 'normalizar' a terceira maior economia da Am?rica Latina ap?s distor??es causadas por pesadas interven??es estatais nos mercados sob os peronistas que o antecederam.

Mas seus sinais pol?ticos ortodoxos n?o foram suficientes para atrair investimentos estrangeiros diretos significativos para um pa?s ainda atormentado por crises financeiras c?clicas e altos custos para fazer neg?cios. A economia caiu, a infla??o disparou e o medo da d?vida aumentou.

Macri tamb?m subestimou o efeito inflacion?rio de suas pol?ticas fiscais, que inclu?am cortes nos subs?dios para servi?os p?blicos, que aumentaram os custos de vida para eleitores j? empobrecidos e pequenas empresas, incluindo agricultores.

QUEDA NA PRODU??O

A Argentina ? uma importante fornecedora global de soja, milho e trigo, assim como a maior exportadora de farelo de soja para ra??o animal, alimentando a mudan?a da dieta asi?tica do arroz para a prote?na animal.

Mas as incertezas ao redor de Saladillo, uma calma comunidade de 27 mil habitantes, mostram incertezas para o setor agr?cola, que apoiou Macri enquanto Fern?ndez conquistava a Presid?ncia no primeiro turno nas elei??es de domingo.

'Eu temo que eles venham para cima do setor agr?cola com todas aquelas pol?ticas guiadas por vis?es de curto prazo que voc? puder imaginar. Como limites (cotas) para exporta??es e mais taxas sobre as exporta??es', disse Roberto Vaccarini, 60 anos, que negocia gado.

'A produ??o vai cair, o que significa menos investimento, e a economia agr?cola vai estagnar', disse.

'Esses quatro anos foram ?timos para n?s', afirmou um outro fazendeiro, que se identificou apenas como Oscar. 'Mas n?s n?o sabemos o que um governo Fernandes ir? fazer.'

A incerteza pode ser sentida pela cidade, apesar de alguns movimentos de Fern?ndez para acalmar o setor agr?cola.

'Fern?ndez n?o nos disse exatamente quais s?o seus planos para o setor. Quando eles n?o falam quais s?o suas pol?ticas, ? porque est?o escondendo algo', disse Ernesto Marcenaro, 55 anos, que gerencia uma empresa local de produtos agr?colas.

'Se ele quisesse transmitir confian?a, ele diria que pretende manter os mercados abertos, apoiar a produ??o e promover as exporta??es.'

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. retorno do peronismo na …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.