Revelações de abusos sexuais cometidos por clérigos nos EUA impulsionam reformas de leis

Por Scott Malone e Gabriella Borter

BOSTON/NOVA YORK (Reuters) - A revela??o mais recente de amplos abusos sexuais de crian?as cometidos por cl?rigos da Igreja Cat?lica Romana deu for?a a esfor?os de deputados, incluindo um parlamentar da Pensilv?nia que disse ter sido estuprado por um padre quando crian?a, para facilitar processos judiciais em casos do tipo.

O deputado estadual Mark Rozzi, de 47 anos, disse lutar h? anos para dar a pessoas que dizem ter sido abusadas sexualmente quando crian?as mais tempo para relatar tais crimes ? pol?cia na Pensilv?nia, um dos 14 Estados norte-americanos considerando projetos de lei para estender o estatuto de limita??es por tais ofensas.

?N?s vamos conseguir o que as v?timas querem?, disse Rozzi em entrevista por telefone nesta quarta-feira, um dia ap?s um relat?rio mostrar que 301 padres abusaram sexualmente de cerca de mil crian?as durante os ?ltimos 70 anos na Pensilv?nia.

?Ou voc? apoia as v?timas, ou voc? apoia ped?filos?, disse Rozzi.

O relat?rio foi a revela??o mais recente em um esc?ndalo que abalou a Igreja Cat?lica desde que o Boston Globe relatou em 2002 que padres haviam abusado de meninos e meninas e que l?deres da Igreja haviam acobertado os abusos.

Relatos similares surgiram na Europa, Austr?lia e Chile, gerando processos judiciais, levando dioceses ? fal?ncia e minando a autoridade moral da lideran?a da Igreja, que possui cerca de 1,2 bilh?o de membros em todo o mundo.

O estatuto de limita??es ? uma lei que exige que procuradores apresentem um caso criminal dentro de um certo per?odo de tempo. O grupo de direitos Child USA informou que tais estatutos podem bloquear a justi?a, uma vez que crian?as podem n?o perceber que foram v?timas de crimes sexuais por d?cadas.

Amy Hill, uma porta-voz da Confer?ncia Cat?lica da Pensilv?nia, o bra?o pol?tico dos bispos no Estado, se negou nesta quarta-feira a dizer se os bispos apoiam ou s?o opostos ? elimina??o do estatuto de limita??es.

?O momento de discutir legisla??o vir? mais tarde?, disse. ?Nosso foco agora ? em melhorar maneiras para que sobreviventes e suas fam?lias possam se recuperar?.

No passado, o grupo havia se posicionado contra a ideia.