Rompimento de barragem da Vale atinge comunidade em Minas Gerais

Por Marta Nogueira

(Reuters) - Uma barragem da mina de ferro de Feij?o, da Vale, rompeu-se no munic?pio de Brumadinho (MG), no in?cio da tarde desta sexta-feira, atingindo parte da comunidade da Vila Ferteco e a ?rea administrativa da companhia, informou a mineradora.

Ainda n?o h? confirma??o se h? feridos no local, disse a Vale, ap?s relatos n?o confirmados dos bombeiros sobre v?timas. Imagens da TV Record mostraram os bombeiros resgatando ao menos tr?s pessoas da lama.

O caso de Brumadinho ocorre mais de tr?s anos depois de uma barragem de rejeitos de minera??o da Samarco, joint venture da Vale e da BHP, ter se rompido em Mariana (MG), matando 19 pessoas e causando o pior desastre ambiental do Brasil.

A Vale, maior produtora global de min?rio de ferro, afirmou que acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emerg?ncias para Barragens.

'A prioridade total da Vale, neste momento, ? preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade', disse a mineradora.

Diversas autoridades estaduais est?o no local, como Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Imagens a?reas enviadas pelo Corpo de Bombeiros mostraram grande quantidade de lama em meio ? vegeta??o.

A popula??o local disse ainda que restaurante e oficinas teriam sido soterrados.

A Prefeitura de Brumadinho pediu que a popula??o mantenha a dist?ncia do leito do Rio Paraopeba.

'Est?o evacuando todas a pessoas que moram perto do rio. A lama ainda n?o chegou l?. A barragem fica a 10 quil?metros da cidade. A gente que tem fam?lia nessa parte esta preocupada, mas ainda n?o temos informa??o de v?timas', disse funcionaria da Defesa Civil em Brumadinho, Eliane Pena.

O Instituto Inhotim, um dos maiores centros de arte ao ar livre da Am?rica Latina e localizado em Brumadinho, foi esvaziado por seguran?a por causa do rompimento, informou o instituto em nota no Twitter.

(Por Marta Nogueira, no Rio de Janeiro; reportagem adicional de Anthony Boadle, em Bras?lia, e Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Edi??o de Roberto Samora)