Ronaldinho Gaúcho chega a acordo com Procuradoria do Paraguai por caso de passaporte adulterado

Por Daniela Desantis

ASSUN??O (Reuters) - O ex-jogador Ronaldinho Ga?cho e seu irm?o e empres?rio Assis chegaram a um acordo com a Procuradoria do Paraguai, na quinta-feira, para n?o serem processados pelo uso de passaporte adulterado, que os deixou em meio a um esc?ndalo pouco depois da chegada ao pa?s.

Ambos foram convocados a prestar depoimento logo ap?s a pol?cia apreender os documentos durante uma opera??o na noite de quarta-feira na su?te do luxuoso hotel em que estavam hospedados.

O procurador Federico Delfino disse que os irm?os reconhecerem o crime, mas alegaram t?-lo cometido sem querer.

'Estamos buscando uma sa?da alternativa que n?o resulte em um acusa??o formal e reconhe?a que essas pessoas foram, vamos dizer, pegas de surpresa', disse Delfino a rep?rteres em Assun??o.

Um ju?z vai decidir nesta sexta-feira se aceita a recomenda??o de Delfino. Se assim fizer, ele determinar? uma pena alternativa, possivelmente uma doa??o em dinheiro a alguma institui??o de caridade local.

Delfino j? havia explicado mais cedo que o ex-jogador e seu irm?o sa?ram do aeroporto internacional de Guarulhos, em S?o Paulo, com documenta??o brasileira e teriam recebido os passaportes paraguaios 'assim que deixaram o avi?o'.

'Tanto o senhor Ronaldinho quanto seu irm?o disseram que era um presente', disse Delfino, acrescentando que, segundo as investiga??es preliminares, os n?meros dos passaportes correspondem a documentos de outras pessoas.

O advogado Adolfo Marin, um dos representantes do ex-atleta, disse a rep?rteres que Ronaldinho prestou depoimento e n?o tinha qualquer restri??o, ainda que tenha optado por manter-se no pa?s at? que o caso seja esclarecido.

'Eles n?o precisavam de outro documento al?m do que j? tinham. Eles viajaram para os Estados Unidos, a China, a Europa... estava em vigor e n?o tinha restri??es', disse Marin ? Reuters.

O ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, afirmou ter exigido a interven??o do Departamento de Migra??o e investigado quem autorizou a entrada do brasileiro no pa?s. 'Independentemente da popularidade de Ronaldinho, ele n?o deveria ter deixado o aeroporto', disse o oficial a uma r?dio local.

Delfino disse que pediu a pris?o preventiva do brasileiro Wilmondes Sousa Lira, de 45 anos, que teria entregue os passaportes. O procurador tamb?m acusou duas mulheres paraguaias supostamente envolvidas com o caso, em investiga??o que, segundo ele, visa desmantelar uma rede de falsifica??o de documentos.