Secretário de Segurança do RJ descarta reforço da PF em investigações sobre assassinato de Marielle
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O secret?rio de Seguran?a do Estado, general Richard Nunes, descartou um apoio extra da Pol?cia Federal nas investiga??es em torno do assassinato da vereadora Marielle Franco, que completa nessa ter?a-feira cinco meses ainda sem solu??o.
Ele argumentou que j? h? uma colabora??o da PF nas investiga??es, que continuam sem prazo para serem finalizadas.
Na v?spera, o ministro da Seguran?a P?blica, Raul Jungmann, disse que conversou com o presidente Michel Temer antes de oferecer o aux?lio extra da PF. As investiga??es est?o a cargo da pol?cia civil do Rio de Janeiro, que est? sob controle do gabinete da interven??o federal.
?Essa ajuda da PF j? est? acontecendo e estamos juntos e desde sempre a Pol?cia Federal tem colaborado e participado conosco?, disse Nunes ? Reuters ap?s participar de um evento no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Ele lembrou que o trabalho de per?cia sobre armas e muni??es usados na morte de Marielle contaram com ajuda da PF.
Nunes disse em sua palestra sobre os preparativos para as elei??es estaduais no Rio que confia nas investiga??es feitas pela pol?cia civil do Rio de Janeiro, numa poss?vel alus?o ? oferta de Jungmann.
Para a PF entrar mais a fundo nas investiga??es seria necess?rio um pedido formal da parte do Minist?rio P?blico do Rio de Janeiro e do gabinete de interven??o, mas as duas institui??es j? sinalizaram que n?o v?o dar esse passo.
O secret?rio de seguran?a admitiu a complexidade na solu??o do caso e disse que n?o h? prazo para a elucida??o.
?Esse caso ? de complexidade tal e tem tudo a ver com a atua??o pol?tica dela e ao grupo que ela pertencia... n?o tem data, n?o tem prazo?, disse ele. ?Aquelas pessoas que querem, efetivamente querem, que esse crime seja elucidado apoiem o nosso trabalho e acreditem no trabalho da pol?cia civil do Rio de Janeiro, que tem feito um trabalho extraordin?rio e exaustivo?, disse. Segundo Nunes j? foram produzidos nove volumes sobre o caso Marielle.
As investiga??es, de acordo com autoridades locais e federais, apontam para o envolvimento de agentes de Estado e pol?ticos na morte da vereadora.
?A dificuldade ? inerente ? complexidade do caso e n?o fazemos promessa de prazo ou data. O que prometemos ? trabalho?, destacou Nunes
A fam?lia de Marielle tentou um encontro com Nunes e com o interventor na ?rea de seguran?a Walter Braga Netto, mas n?o foi poss?vel por motivo de agenda
A Anistia Internacional divulgou nessa ter?a uma nota pedindo uma investiga??o externa e independente sobe o caso.
?? grave que se inicie um processo eleitoral sem que se descubra quem s?o os respons?veis pelo assassinato de uma vereadora em pleno exerc?cio de seu mandato e quais foram as motiva??es. O in?cio do per?odo de campanha eleitoral levanta a preocupa??o de que o caso seja negligenciado', disse Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
Escrito por Redação
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