Sem acordo, Senado inicia discussão da MP da reestruturação dos ministérios
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Por Maria Carolina Marcello
BRAS?LIA (Reuters) - O Senado iniciou a discuss?o nesta ter?a-feira da medida provis?ria que reestrutura o governo federal e reduz o n?mero de minist?rios, mas n?o h? acordo entre os l?deres para evitar uma vota??o separada sobre a pol?mica aloca??o do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A tentativa de acordo envolveu um at?pico esfor?o do governo, que enviou carta assinada pelo presidente Jair Bolsonaro ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pedindo que a Casa aprove a MP do jeito que foi encaminhada pela C?mara dos Deputados, de forma a evitar que tenha que voltar para uma segunda an?lise dos deputados e corra o risco de perder a validade.
A MP ficar? sem efeito se n?o for aprovada at? a pr?xima segunda-feira.
E apesar do empenho de Alcolumbre de conseguir um consenso, pelo menos tr?s partidos n?o concordam com a proposta de evitar uma vota??o nominal sobre a aloca??o do Coaf.
Inicialmente, ao redigir a MP, o governo previa que o ?rg?o ficaria vinculado ao Minist?rio da Justi?a. O chefe da pasta, Sergio Moro, j? defendia a transfer?ncia ?do conselho para o seu minist?rio, ainda na ?poca da transi??o de governo.
A MP foi enviada ao Congresso e, durante a tramita??o na comiss?o mista, foi modificada para manter a aloca??o do Coaf na pasta respons?vel pela condu??o econ?mica, que passou a chamar Minist?rio da Economia com a MP.
A altera??o do texto foi um recado dos parlamentares aos governo, principalmente por parte de integrantes de partidos de centro, o chamado centr?o. Depois, durante a vota??o no plen?rio, pressionados por uma vota??o nominal sobre o tema e visivelmente irritados com ataques virtuais, inflados por parlamentares governistas em lives e postagens em redes sociais, decidiram pela manuten??o do Coaf na Economia.
O assunto foi abordado em manifesta??es em todo o pa?s no domingo, que segundo parlamentares consultados pela Reuters, n?o foram desprez?veis, mas tamb?m n?o podem ser desconsideradas.
Ainda assim, e apesar do gesto do governo ao encaminhar a carta, a tend?ncia, por ora, ? que o Congresso mantenha o seu movimento de descolamento do Executivo.
A carta --tamb?m assinada por Moro, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni-- foi lida por Alcolumbre em reuni?o com l?deres e tamb?m no plen?rio da Casa.
Segundo o l?der do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), o movimento de Bolsonaro demonstra que ele n?o quer se indispor ou se contrapor a uma decis?o j? expressa pela C?mara dos Deputados.
?Por isso est? pedindo humildemente ao Senado que fa?a esse gesto?, disse o l?der, que desistiu de apresentar um destaque para vota??o nominal sobre a aloca??o do Coaf, ap?s se reunir com Bolsonaro nesta ter?a.
Escrito por Redação
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