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Senadores da Argentina debatem lei do aborto em meio a manifestações a favor e contra

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BUENOS AIRES (Reuters) - O Senado da Argentina come?ou a debater nesta quarta-feira um projeto de lei para legalizar o aborto, que j? foi aprovado em parte pelos deputados, em meio a manifesta??es a favor e contra?nos arredores do Congresso.

A medida garante a possibilidade de abortar?at? a 14? semana de gesta??o dentro do sistema p?blico de sa?de de maneira gratuita, algo que atualmente s? ? permitido em casos de estupro e de risco de vida para a gestante. Os deputados a aprovaram em junho depois de quase um dia de discuss?o.

Nas ?ltimas horas, senadores como Jos? Alperovich, ? da prov?ncia de Tucum?n, no norte ? ou Silvina Garc?a Larraburu ? de R?o Negro, na Patag?nia ? se manifestaram contra o projeto, pelo que se avalia que o resultado da vota??o na Casa de 72 membros ser? negativo.

'Se ? verdade que n?o falei antes (...) ? um tema que divide muito a sociedade. Depois de ter falado com muitos tucumanos e percorrido a prov?ncia, vou votar contra o projeto', disse Alperovich em sua conta de Twitter.

Silvina disse no domingo que, apesar de declara??es pr?vias a favor, votar? contra a proposta.

O debate do projeto envolve tanto a oposi??o como os governistas e causou uma divis?o profunda na sociedade ? organiza??es de direitos humanos e grupos feministas defendem a medida, enquanto grupos cat?licos e religiosos a rejeitam.

Os defensores da proposta, que se identificam com len?os verdes, argumentam que os abortos clandestinos s?o a principal causa de mortalidade materna na Argentina e que as mulheres com poucos recursos s?o as mais sujeitas a realizar estes procedimentos em condi??es insalubres.

'O aborto legal, seguro e gratuito ? a ?nica forma de acabar com a morte de mais mulheres com gesta??es indesejadas', disse nesta quarta-feira no recinto o senador opositor Pedro Guastavino, da prov?ncia de Entre R?os.

Se o projeto de lei for aprovado, a Argentina ser? o terceiro pa?s da Am?rica Latina que permite ?s mulheres decidir a interrup??o da gravidez e cujo sistema p?blico de sa?de a contempla. S? Cuba e Uruguai possuem uma legisla??o semelhante.

(Por Eliana Raszewski)

Escrito por Redação

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