Shoppings viram alvos de manifestantes de Hong Kong em 3º dia de protestos no Natal
Shoppings viram alvos de manifestantes de Hong Kong em 3º dia de protestos no Natal
Reuters
26/12/2019
HONG KONG (Reuters) - Centenas de manifestantes protestaram em shoppings de Hong Kong na quinta-feira, com o objetivo de atingir os neg?cios no centro financeiro asi?tico pelo terceiro dia durante o Natal, sob a vigil?ncia da pol?cia de choque, que foi mobilizada para conter qualquer dist?rbio.
Os 'protestos de compras' t?m como alvo shoppings em toda a cidade governada pela China desde a v?spera de Natal e se tornam violentos ?s vezes, levando a pol?cia a disparar g?s lacrimog?neo para dispersar manifestantes em movimentadas ?reas comerciais cheias de compradores e turistas.
O comparecimento na quinta-feira foi menor do que nos dois dias anteriores, mas dezenas de policiais patrulharam os arredores dos shopping centers na pen?nsula de Kowloon e em outras ?reas. Alguns policiais entraram nos shoppings para vigiar os manifestantes vestidos de preto.
Os protestos come?aram em Hong Kong h? mais de seis meses, em resposta a um projeto, agora deixado de lado, que permitiria extradi??es para a China continental, onde os tribunais s?o controlados pelo Partido Comunista.
Desde ent?o, os protestos evolu?ram para um movimento pr?-democracia mais amplo. No in?cio de dezembro, ap?s vit?ria esmagadora de candidatos pr?-democracia nas elei??es para o conselho distrital, eles foram mais pac?ficos.
Na quinta-feira, a pol?cia deteve v?rias pessoas em um shopping na zona rural de Tai Po, localizada ao norte do centro financeiro da cidade, informou a emissora p?blica RTHK.
Alguns restaurantes e lojas fechavam as portas enquanto manifestantes, alguns usando balaclavas e carregando bandeiras negras, protestavam. Em algumas lojas, os manifestantes colocaram adesivos e cartazes que diziam 'Hong Kong livre, revolu??o agora'.
Os manifestantes protestam contra o que consideram um aumento da intromiss?o de Pequim nas liberdades prometidas ? ex-col?nia brit?nica quando voltou ao dom?nio chin?s em 1997.
A China nega interferir, afirmando estar comprometida com a f?rmula 'um pa?s, dois sistemas' implantada na ?poca e culpa as for?as estrangeiras por fomentar agita??o.
A l?der de Hong Kong, Carrie Lam, condenou os atos de manifestantes em um post no Facebook na quarta-feira, afirmando que muitos cidad?os locais e turistas ficaram decepcionado por suas 'comemora??es da v?spera de Natal terem sido arruinadas'.
'Tais atos ilegais n?o apenas diminu?ram o clima festivo, mas tamb?m afetaram negativamente as empresas locais.'
O governo, em comunicado separado na quinta-feira, criticou a 'viol?ncia sem precedentes' e o vandalismo cometido por alguns manifestantes, e disse que, apesar dos meses de agita??o social, as liberdades e os direitos humanos continuam sendo a principal prioridade.
(Reportagem de Joyce Zhou e Twinnie Siu)
Reuters